Pela internet...

...encontramos bons questionamentos sobre quais rumos a Educação deverá seguir.  Eu encontrei esse texto do Professor Júnior Ribeiro , funcionário público do quadro efetivo da Rede Estadual e ministra a disciplina Química na Escola Raimunda Virgulino. O texto trata de uma "Nova" tendência que toma conta das escolas públicas, o chamado "Ensino Médio Inovador", leia o texto na íntegra.

Olhem o que sugere o Ensino Médio Inovador quanto a impactos e transformações desejáveis:

1. Superação das desigualdades de oportunidades educacionais;
2. Universalização do acesso e permanência dos adolescentes de 15 a 17 anos no ensino médio;
3. Consolidação da identidade desta etapa educacional, considerando as especificidades desta etapa da educação e a diversidade de interesses dos sujeitos;
4. Oferta de aprendizagem significativa para adolescentes e jovens, priorizando a interlocução com as culturas juvenis.

Pois bem. Vamos por partes:

1. Superar desigualdades de oportunidades educacionais, com governos que priorizam, compra de carros de polícia e shows pirotécnicos, assistencialismo barato com oferta de bolsa de tudo que é coisa, ao invés de investir lá na educação infantil até o ensino médio? Quem prioriza? Povo educado não dá voto fácil e não vende seu voto!

2. Universalizar o acesso é dever e obrigação dos governos, fazer permanecer um aluno na escola pública o ano inteiro, sem oferecer a ele, qualidade de vida, emprego digno a seus pais, moradia digna, saneamento da sua rua, do seu bairro, condições de se locomover para escola em um transporte público de qualidade, alimentação decente, tanto na sua casa, quanto na escola, se bem que na escola, quando dizem da tal merenda regionalizada, acho até graça, mas voltando ao assunto, esse adolescente vai ter condições físicas, psicológicas de permanecer em uma escola, quando na sua casa, ele passa fome, o esgoto é a céu aberto, as ruas são esburacadas, lamacentas, ás vezes, moram em locais de ressaca e desumanos? Acho que não! Esse aluno vai ter que ir trabalhar pra ganhar um salário mínimo e ajudar no orçamento da família, prejudicando sua vida escolar e acarretando evasão.

3. Pra que serve o ensino médio? Pergunta que muita gente não sabe responder. Para a maioria dos "Pensadores" em Educação a identidade do ensino médio define-se na superação do dualismo entre propedêutico e profissionalizante. Bonito né? Mas e na prática? Funciona todo esse blá blá blá? Ensino médio deveria ser uma ponte pra que o estudante entrasse diretamente em uma Universidade, Instituto, Faculdade, Centro de Ensino Superior, o que seja, com acesso garantido e definido pelo seu rendimento durante toda sua vida escolar, garantindo assim, acesso à Universidade, principalmente Pública e de Qualidade, universalizando o Ensino Superior a todos, evitando assim que "Faculdades" de fundo de quintal se instalem, não na busca de ganharem dinheiro, como vemos hoje em dia, com tantas faculdades, que perdemos até a conta de quantas existem no país, para formarem realmente profissionais competentes e com capacidade para fazer as "transformações" que tanto os governos buscam.

4. Ofertar aprendizagem significativa para adolescentes e jovens em escolas que não oferecem o mínimo de conforto aos estudantes? Como? Salas quentes, mal estruturadas, laboratórios mal equipados, bibliotecas com literaturas obsoletas e defasadas, como conseguir essa tal aprendizagem significativa? Priorizar a interlocução com as culturas juvenis. Isso sim, muitos professores, digo guerreiros o fazem, em um esforço brutal, mesmo lutando com todas as adversidades impostas pelos governos que não priorizam e não investem em educação de qualidade. Quantas vezes vemos professores fazendo coleta pra ajudar a comprar algo pra escola, enquanto os governantes assistem e agradecem?

Essa não é só minha indignação, mas acredito ser de muitos outros companheiros de Educação, quando vejo que programas e mais programas "Educacionais" são impostos pelos "TEÓRICOS DA EDUCAÇÃO" sem que nunca tenham entrado em uma sala de aula ou estado dentro de uma escola. Fico triste quando vejo que esses programas são implementados na maioria das vezes, por que, mais verbas virão para o estado, e que terão que ser implementados sem consultar a quem ais interessa, a comunidade escolar, e mais precisamente o estudante, o maior PREJUDICADO!

 

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