terça-feira, 28 de setembro de 2010

Poemas da Beth Zhalouth - Especial Eleições 2010

Dia 03 de outubro de 2010



Acreditar
é o primeiro passo para mudar




Transforme a mudança!
Mude a transformação!


Permita-se revanche


O futuro é bom
-o que não foi terá nova chance

Vamos inovando
e nos renovando...




Buscar nova direção
é evolução


Nunca diga nunca

Espere na esperança



Sonhos não envelhecem...
Envelhece é quem parou de sonhar




Melhor do que voltar
é caminhar



A melhor forma de revidar, revitalizar, revivescer, revigorar,
é votar



O passado nos deixou um aprendizado

e não deve ser reprisado

Os limites desencorajam,

já as possibilidades, animam




Um viva à revolução!
Domingo será tempo de reinvenção!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Projeto Raízes e Feira Literária

Profª. Fabíola e Profª. Luciene
No último sábado 25/09 ocorreu um encontro entre as coordenações do Projeto Raízes e a de Linguagens & Códigos. Durante a reunião foram discutidas como será a integração entre as áreas para a realização dos dois projetos.
Primeiramente, todos estavam ansiosos por ouvir da professora Luciene as propostas para o Projeto Raízes 2010, logo em seguida a coordenadora da área de Linguagens & Códigos, Professora Fabíola expôs quais as propostas do grupo para se trabalhar durante o projeto raízes.
Assuntos como data para a realização do projeto 03/12, que será levada para votação em assembléia geral. Também os professores da área participaram dando sugestões de atividades. Uma das surpresas foi a Professora Luíza Helena que sugeriu uma atividade chamada "Santana Canta Santana" na qual se trabalharia vídeos com os alunos, então eles cantariam o Hino de Santana nos mais  diversos pontos da cidade. A proposta foi aceita por unânimidade. Também ocorreu uma pré-seleção entre as atividades para que o grupo de linguagens pudessem trabalhar.

 Também foram apresentados alguns dos modelos de logmarca para o projeto raízes 2010. Alguns trabalhos são bem legais, na assembléia também se espera escolher a logomarca oficial.
Ocorrerá nos próximos dias uma assembléia geral para se fechar todos os pontos dos dois projetos, mas segundo a própria professora Luciene ela quer uma atividade bastante visual, muitas imagens e cores. Participou da reunião das coordenações a Professora Roma representando o corpo técnico da escola e o Professor Cleidson que atualmente é o secretário da escola.

Eu sou Cria do Everaldo!!

Jéssica(de camisa cinza) nos tempos de Escola
Nome Completo? idade?
Jéssica de Souza Gonçalves. 17 anos.
 
Estudou no Everaldo desde que idade?
10 anos.
 
Em que ano terminou os estudos na Escola?
2009.
 
Que lembranças você tem da Escola?
Muitas lembranças! Professores, amizades, das bagunças =), das provas =(...tudo!

Você lembra em quais turmas estudou?
512, 611, 721, 821, 121, 221 e 321.

E dos professores? ainda lembra de algum?
Os do ensino médio lembro de todos.

O que você está fazendo atualmente ( ta estudando? se formou? ta trabalhando?)?
No momento estou estudando, cursando Odontologia.

Conta algum momento marcante que ocorreu dentro da Escola?
Ano 2008, 2º ano, aula de Matemática do prof° Murillo. O Prof° havia passado um exercício e os alunos não resolveram, pois estavam todos bagunçando. A campa da saida tocou e o Prof° não queria deixar ninguem sair, somente quando terminassem o exercício. Quase todos permaneceram em sala, com excessão de alguns alunos(eu e mais uns 4), e ele ainda anotou o nosso nome. LEMBRA MURILLO????kkkk
Jéssica, atualmente no curso de Odontologia

domingo, 26 de setembro de 2010

Se você tem alguma sugestão para o Blog ou até mesmo crítica manda um e-mail! anota aí:


Olha aí!

Abaixo um dos vídeos produzidos por ciranças que fazem parte do projeto Telinha de Cinema.

Boas ideias valem a Pena serem conferidas!

A Orientadora e Tutora de cursos a distância Flávia dos Santos Rodrigues nos enviou uma dica sobre o Projeto Telinha de Cinema. Abaixo algumas informações sobre o projeto que possui núcleos em Rondônia, Tocantins e Pernambuco.



Há três anos a Casa da Árvore Projetos Sociais, ong sediada na periferia de Palmas, desenvolve ações de arte e inclusão tecnológica num núcleo e experimentação multimídia dedicado a formação de jovens realizadores de audiovisual especializado em vídeos de bolso (produzidos e distribuídos por telefones celulares). A através de uma parceria com o Instituto Vivo, esta experiência ampliou os horizontes de mais de 300 jovens da capital tocantinense. Com esse resultado, a metodologia, que associa o letramento digital,  produção cultural e conteúdos curriculares, vem sendo reaplicada e recriada  em vários Estados brasileiros, através de ações que envolvem educadores, gestores da rede pública, pesquisadores e artistas digitais.

Em Palmas, no Espaço Telinha, localizado no Jardim Aureny I, o bairro mais populoso da capital, 80 jovens por anos participam do curso regular de vídeo de bolso. Com duração de 5 meses e funcionando no contraturno escolar, esses alunos de escolas públicas dedicam-se 15 horas semanais em aulas presenciais. Com idade entre 13 e 18 anos, eles são orientados por uma equipe multidisciplinar em aulas de roteiro, produção e edição. O curso garante ainda aos jovens noções básicas de concepção e produção de trilha sonora e de difusão e conteúdos digitais, com foco no uso das redes sociais e novas tecnologias como a transmissão streammer, explorando as possibilidades da internet 3G, além de criarem redes off line com uso de outras tecnologias como o bluetooth.

“Além de (os jovens) desenvolverem a criatividade, habilidades intelectuais, tecnológicas e artísticas, eles têm a oportunidade de vivenciarem uma experiência vocacional”, destaca a coordenadora do projeto Leila Dias, lembrando ainda que do Telinha de Cinema vários jovens saíram para o mercado de trabalho. A coordenadora ressalta que a cada ano que passa a procura por vagas tem aumentado, “assim como em toda periferia urbanas, na região dos Aureny´s , a falta de aparelhos públicos que permitam esses jovens explorarem sua criatividade e principalmente as novas tecnologias provoca uma demanda muito grande por projetos como o Telinha”, defende Leila Dias.

Quem já passou pelo curso de vídeo de bolso do Telinha de Cinema confessa que “difícil é deixar de frequentar esse ambiente de criação e experimentação artística”, garante a estudante Warlla Christye, de 17 anos. No ano passado ela foi um dos destaques do projeto, participando de atividades em outros estados, coma oficina de formação de agentes de educação popular, oferecido pela Rede Vivo de Educação, em São Paulo.
Voluntariamente  estudante já atuou na qualificação de educadores de outros Estados e hoje está organizando, junto com amigos da escola e outros que conheceu no Telinha de Cinema, uma ação para difundir o uso e a criação de redes sociais através de plataforma NING. “Já mudei completamente os planos que tinha para minha vida por causa esse projeto e das oportunidades que eu estou tendo”, garante a estudante, dizendo ainda que também quer se dedicar a ajudar os novos alunos do Telinha e buscar estágios em empresas e comunicação.
 
 
 
 
Mais informações visite: http://www.telinhadecinema.blogspot.com/

sábado, 25 de setembro de 2010

Visita

Durante a palestra tivemos a visita de duas estudantes da Escola Augusto Antunes, que estavam preparando uma reportagem para o Jornal da Escola, de circulação apenas no Augusto Antunes. Eram elas Laíza Souza "Somel" e Hiuni Clíssia, ambas cursando o 1º ano do Ensino Médio, abaixo o momento em que o palestrante Edinaldo respondia as perguntas das estudantes.


da esq. para dir. Hiuni, Laíza e Edinaldo

Haddad: melhorar carreira docente é grande desafio para a educação nos próximos dez anos

Da Redação
Em São Paulo

Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, o maior gargalo para o desenvolvimento da educação no país é a valorização da carreira docente. Haddad apontou que atualmente um professor ganha 60% do salário de um profissional de outra área com a mesma escolaridade.
"A formação, que está sendo garantida pelo governo,  é insuficiente se a carreira [do magistério] não for atrativa", disse Haddad na manhã desta quinta (23) no 10º Encontro Nacional de Estudos Estratégicos, em Brasília. O comentário veio em resposta a uma indagação do público que participa do evento, que acontece hoje e amanhã.
"Acho possível [que consigamos atingir a paridade de salários] por causa da Emenda Constitucional 59, que estabelece o piso nacional do magistério", disse o ministro.
Apesar de ter sido aprovado, em 2008, o valor de R$ 950 como piso nacional para os docentes, existe uma ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) impetrada por cinco governadores (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Ceará) no STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo a CNTE, entidade nacional de representação dos trabalhadores da educação, a Lei do Piso ainda não é amplamente cumprida.

Escola dos anos 1950

Durante o discurso do ministro e, depois, nos questionamentos da plateia, veio à baila a qualidade da antiga escola pública. Aos "saudosistas da escola pública dos anos 1950", o ministrou apresentou estatísticas de inclusão. "Quando eu terminei o ensino médio, em 1978, apenas 4% terminava essa etapa [na idade correta]", disse Haddad comentando o dado da última pesquisa do IBGE sobre o tema que aponta que apenas 50% terminam o médio na idade correta.
"Tínhamos muito pouco a celebrar entre 1889 [Proclamação da República] e 1998 [quando é promulgada a Constituição de 88]", discursou. "Penso que chegaremos em outro patamar na comemoração do bicentenário da Independência [em 2022] se mantidos os passos e os projetos, se houver compreensão de que se trata de uma agenda de Estado e não uma agenda de governo", completou.
Para Haddad, o Brasil tem um "potencial educacional enorme", uma vez que os avanços apontados por ele são "atrasos de séculos que estão sendo superados em décadas [desde 1988]". O ministro tocou também na questão da qualidade do ensino. Segundo ele, 50% dos brasileiros estão recebendo educação "de primeiro mundo", uma vez que 50% dos nossos estudantes têm rendimento semelhante aos estudantes israelenses [um povo que tem renda per capita maior, um país com população menor e tradição "milenar" do conhecimento].





fonte: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2010/09/23/haddad-melhorar-carreira-docente-e-grande-desafio-para-a-educacao-nos-proximos-dez-anos.jhtm

ainda sobre Eleições


Poemas da Beth

Beth Zhalouth
Professora Licenciada em Química e Poetisa




A cara do Amapá  (que o seu voto pode mudar)



O que trazes n'alma, Amapá,

além de tua rara beleza?

O que se vê do visor

do baluarte da Fortaleza?  




O Amapá é o funcionário público

ou o desocupado funcional?  




É o que consulta em clínica do Sul

ou o que pena no Hospital Geral? 




É o corrupto de terno e gravata

ou o que leva gravata do policial? 




É o que coleciona jaguar turbinado

ou o que se espreme num ônibus lotado? 




É  o que embucha na farinha

ou quem  seca na lipoaspiração? 




  São os "escolhidos" no ar condicionado

ou os excluídos na insolação?


É o que dança em Dubai

ou o que dança nessa contradição? 



  É o "bom que tem que continuar"?

Ou  virá um outro revolucionar?



Amapá para todos


que construiremos,  nós mesmos?

Ou  Amapá para poucos, assim,

a esmo?

Eleições 2010


Na noite de quinta, 23 de Setembro ocorreu na escola a palestra organizada pelo Comitê Eleições Limpas. A palestra foi ministrada pelo funcionário do Ministério Público Federal, Edinaldo Batista. O comitê foi criado com o intuito de informar aos estudantes sobre a importância do voto consciente e é composto por 12 orgãos sendo eles MPF, OAB, ICONEL, MCCE, DPU entre outros.
A palestra que tem duração de 90 minutos,  tenta fazer com que os alunos reflitam sobre o poder que eles têm com o seus votos. Analisar as propostas, pesquisar sobre projetos apresentados, inclusive dando discas de busca no Google, verificar a ficha dos candidatos são alguns dos exemplos do que a população pode e deve fazer antes de ir as urnas.Em alguns momentos da palestra foram usados alguns exemplos ocorridos em nosso estado, como os recentes casos de corrupção,que em muitos momentos serviram como base de questionamento foram citados durante a palestra, exemplos de como o estudante deveria agir diante uma tentativa de compra de voto também foram expostos.  



Para o Comitê essa interação com os estudantes secundaristas, é ideal pois a maioria irá vtar pela primeira vez, alé do fato de que muitos ainda não escolheram em que votar. Muitos inclusive votam, na maioria da vezes em que seus pais indicam, ou em muitos casos escolhem qualquer número pra votar no dia da eleição.
Como no turno da noite existem 12 turmas de Ensino Médio a palestra foi dividida em 2 etapas. Durante o 2º e 3º horário participaram 6 turmas, e no 4º e 5º outras 6. Apesar da resistência de muitos alunos  que acreditam  que palestras são perda de tempo, para alguns outros que ficaram até o final, esse é o momento ideal para se refletir sobre quem eles querem escolher para nos representar nos próximo quatro anos, gostaram bastante.No dia seguinte ainda era possível ouvir alguns comentários sobre o que foi palestrado. Alguns professores também resolveram utilizar a palestra como forma de gerar  o debate dentro da sala de aula.















Edinaldo Batista

Educacenso 2009: Matrícula na educação básica "perdeu" 652.416 alunos; queda era esperada

Da Redação
Em Brasília

O Educacenso 2009 confirma a tendência de "ligeira queda" da matrícula na educação básica. De 2008 para 2009, houve diminuição de 1,2% no total de inscrições. Em termos numéricos, essa porcentagem significa 652.416 estudantes. As informações completas da edição 2009 do Censo da Educação Básica devem ser divulgadas ainda esta semana pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).



A queda segue o crescimento da população. Segundo dados Pnad 2008 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE), a taxa de fecundidade atingiu o nível mais baixo da história (1,89 filhos por mulher), ficando abaixo do nível de reposição.

O levantamento do MEC contabilizou 52.580.452 alunos e 197.468 escolas, sendo o poder público responsável por 86,1% do alunado. A rede municipal é a mais signficativa e responde por 46,2% do total de estudantes, ou seja, 24.315.309 matrículas.

Segundo o Inep, o ensino fundamental também apresentou queda de 1,2% nas matrículas. As oscilações, no entanto, não chegam a 2% na maioria dos Estados brasileiros. Em apenas cinco unidades federativas há diminuição do número de matrículas em patamares acima de 2%: Paraíba (-3,5%); Ceará (-2,5%); Bahia (-2,3%); Minas Gerais (-2,3%); e Mato Grosso (-2,2%).

Fundamental de nove anos

Quatro em dez crianças ainda estão fora do ensino fundamental de nove anos. O prazo final para as redes de ensino se adequarem à obrigatoriedade acaba em 2010.

Segundo o levantamento, há dez unidades da federação que registram mais de 60% dos alunos matriculados ainda no ensino fundamental de oito anos. São elas: São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Roraima, Pará, Amapá, Pernambuco, Bahia e Distrito Federal.

Os Estados que estão mais avançados na implantação da obrigatoriedade, instituída em 2005, são: Rondônia, Acre, Amazonas e Tocantins, na região Norte; Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas, no Nordeste; Minas Gerais e Rio de Janeiro na região Sudeste; e Mato Grosso do Sul e Goiás no Centro-Oeste.

As matrículas do ensino fundamental de nove anos aumentaram 12,5%, em relação ao ano anterior.

Em 2008, quase metade dos estudantes estavam fora do fundamental de nove anos



fonte: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/11/30/ult105u8941.jhtm
Estratégias Múltiplas
Características e necessidades regionais exigem a adoção de um cardápio variado de soluções para a educação brasileira. No entanto, não é possível negligenciar o que não é priorizado
Marta Avancini

Em época de campanha eleitoral, a educação volta à cena de duas maneiras aparentemente contraditórias: como solução para as grandes questões do Brasil e como um problema que permanece. É nesse cenário que surgem as promessas de grandes mudanças e de superação dos históricos gargalos e entraves de atendimento e aprendizagem.

A experiência, contudo, demonstra que, muitas vezes, as respostas para os desafios da Educação Básica brasileira passam bem longe da retórica e dos discursos generalizantes. Em todo o país, escolas e redes de ensino têm realizado ações concebidas a partir de necessidades e características específicas.

Um dos fatores que possibilitam isso é a implantação, ocorrida nas duas últimas décadas, de instrumentos diagnósticos como o Censo Escolar, Prova Brasil, Saeb e Ideb, que permitem perceber particularidades regionais. Com suas características e objetivos específicos, eles fornecem um retrato do país, das redes estaduais e municipais, chegando ao nível mais micro das escolas e dos alunos. Evidenciam avanços, mudanças, bem como deficiências e desafios a serem enfrentados.

Assim, quem atua no dia a dia das escolas e dos sistemas de ensino sabe que não existem fórmulas prontas ou globais, mas que as mudanças e melhorias são construídas no cotidiano e, por isso, os caminhos a serem percorridos não são (e não devem ser) os mesmos.

O problema que se coloca no Amazonas não é o mesmo do Rio Grande do Sul. No primeiro estado, as longas distâncias e a dificuldade de locomoção remetem à necessidade de se implementar estratégias que assegurem que o aluno chegue à escola e tenha condições de frequentá-la.  Investir na educação a distância foi a saída encontrada pela secretaria estadual de Educação.

No Rio Grande, as avaliações mostraram fragilidades na aprendizagem de língua portuguesa e matemática no final do primeiro ciclo do ensino fundamental. Então, o foco da Secretaria de Estado da Educação local foi fortalecer a alfabetização das crianças, por meio de um programa que combina a oferta de três métodos distintos de alfabetização às escolas, com capacitação de professores e acompanhamento contínuo.

A diversidade de estratégias e modos de atuação também caracteriza municípios que estão conseguindo melhorar seus indicadores, segundo um estudo realizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Uma das estratégias em Palmas, capital do Tocantins, se deu no campo do financiamento: foi criada uma rubrica específica para a educação, o que gerou um aumento de 2% do montante aplicado na área entre 2005 e 2006, chegando a 27,3% do orçamento municipal naquele ano.

Em São João do Sabugi, município de 6 mil habitantes no Rio Grande do Norte, o prefeito nomeou uma secretária para cuidar exclusivamente da educação após o mau desempenho no Ideb de 2005 (2,1). A gestão exclusiva apostou em novas práticas de planejamento na áreas administrativa e pedagógica. Em 2007, o resultado foi 4,4 e em 2009, 5,3.

Desafios e prioridades
A diversidade de práticas, caminhos e soluções se delineia a partir do mapa construído por meio da Prova Brasil e do Saeb. Ele sinaliza para alguns problemas centrais: a precariedade da aprendizagem (que tende a ficar mais evidente conforme os alunos avançam na escola) e a desigualdade entre as regiões e, muitas vezes, dentro do próprio sistema de ensino. "A desigualdade está no nosso DNA", constata o coordenador do Grupo de Avaliação e Medidas Educacionais (Game), Francisco Soares, que também leciona na Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

"São vários pacientes com vários tipos de doenças", complementa Mozart Ramos Neves membro do Conselho de Governança do movimento Todos pela Educação. "Não há equidade no diz respeito à aprendizagem. São vários brasis", conclui.

Análise realizada pelo movimento demonstra, por exemplo, que na região Norte, 13,1% dos alunos têm desempenho adequado à série em que estudam nas avaliações do MEC, enquanto no Sul e no Sudeste, a proporção chega a 31,6%. Tais números, além de revelarem as discrepâncias regionais, apontam para a necessidade urgente de se investir em ações para promover a aprendizagem, já  que apenas uma minoria sabe o mínimo esperado.

Embora os indicadores sejam ruins, as avaliações sinalizam para uma "progressiva e lenta melhora" principalmente nos anos iniciais do fundamental, analisa a educadora Guiomar Namo de Mello. Isso é bom, mas remete a um questionamento: "O que isso realmente significa em termos de aprendizagem? Alguns municípios atingiram 6 ou 7 no Ideb, mas, mesmo que cheguemos a esse patamar, nós não seremos a Finlândia", provoca.

"Enquanto estamos perseguindo o nível dos países desenvolvidos, estes já estão trabalhando com um patamar mais avançado." Ou seja, nesse passo e norteando-se apenas por índices, a educação brasileira não vai dar o salto de qualidade necessário. "O foco tem de ser a melhoria, não o simples cumprimento da meta", conclui Guiomar.

A ênfase nos índices também remete ao problema da desigualdade, pois de maneira geral eles traduzem uma média (da rede de ensino, de uma escola) que não traduz a situação das pontas, os melhores e os piores. "Muitos municípios têm uma boa média, mas há uma ou duas escolas que não estão bem. O Ideb do município não vai mostrar isso, mas é fundamental que o gestor olhe e trabalhe com estas escolas. O objetivo é a educação de qualidade para todos", defende Francisco Soares, da UFMG.

É por isso que, na opinião da coordenadora de Educação do Unicef, Maria de Salete Silva, toda e qualquer ação tem de ter como foco a redução das desigualdades - seja entre os alunos de uma mesma escola, seja entre as escolas de uma mesma rede. "As redes de ensino são, na verdade, redes de aprendizagem. Então, não interessa se o sistema atinge a meta, mas não reduz as desigualdades."

Considerando esse cenário, organização, estruturação e planejamento surgem como palavras-chave. Isso envolve diversos aspectos relacionados às ações para melhorar a aprendizagem e o desempenho dos alunos, como o fortalecimento da gestão, o aprimoramento da formação e das condições de trabalho dos professores e a melhoria do currículo.

No que diz respeito às prioridades do momento atual, os especialistas ouvidos destacam o fortalecimento da alfabetização, a correção da distorção idade-série, a qualificação dos professores, a ampliação do tempo de atividades, a melhoria da qualidade da aprendizagem e as mudanças curriculares. A lista não para por aí: o aumento do volume de recursos destinados à educação e a melhoria da qualidade do gasto, além da continuidade das políticas em diferentes governos, também são desafios mencionados.

Embora os problemas e desafios sejam muitos e bastante diferentes entre si, não basta atacar alguns aspectos isoladamente. "Não há nenhuma ação isolada que resolva o problema da educação do Brasil", afirma a
coordenadora Salete, do Unicef.

Alfabetização
Fazer com que as crianças sejam efetivamente alfabetizadas até nos dois primeiros anos do ensino fundamental é um desafio central. Sem isso, não se consegue melhorar a aprendizagem, nem garantir a permanência do aluno na escola. Por isso, as ações voltadas para a melhoria da alfabetização estão entre as prioridades das redes estaduais de ensino de Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

"Mesmo com os resultados apresentados nas avaliações oficiais, a aprendizagem da língua escrita na escola ainda está num nível muito baixo", analisa Magda Becker Soares, professora titular emérita da UFMG, especializada no tema.

Para ela, o problema tem origem na falta de clareza do que se entende por alfabetização. Até os anos 1980, considerava-se alfabetizado o aluno que sabia ler e escrever, ou seja, sabia codificar e decodificar. "Isso dava tranquilidade para o professor avaliar se a criança estava alfabetizada ou não."

Com a mudança para o conceito de letramento - que pode ser sintetizado na capacidade de utilização da leitura e da escrita -, alargou-se o entendimento do que é alfabetização, que se diluiu em várias competências e habilidades. A professora Magda aponta que esse processo está relacionado às demandas sociais de nossa sociedade, que é centrada na escrita, e às recentes descobertas no campo da linguística e da psicologia cognitiva sobre os processos de aprendizagem e uso da linguagem escrita.

Nesse cenário, ela vê como positiva a iniciativa da secretaria estadual de Educação do Rio Grande do Sul, onde foi implantado um programa que prioriza a alfabetização, por meio da oferta de três tipos de métodos que podem ser escolhidos pelas escolas, acompanhado de formação e assessoria às escolas.

A rede estadual de  Minas Gerais é outra que dá atenção especial à questão da alfabetização. Há quatro anos, foi implantado um programa para fortalecê-la e assegurar que todas as crianças tenham domínio dos processos básicos de leitura e escrita até os 8 anos.

O coordenador do Grupo de Avaliação e Medidas Educacionais também considera que a falta de clareza sobre o que é alfabetização prejudica a aprendizagem, mas pondera que independentemente do método adotado e dos critérios de avaliação do professor é importante trazer para o debate público a questão da redução das metas relativas ao domínio da leitura e da escrita.

Na opinião de Soares, a meta de que a criança esteja alfabetizada aos 8 anos é "pouco desafiadora". "Seria importante trazer para o debate público a discussão da mudança desse patamar para os 7 anos", postula. Para ele, essa discussão deve se vincular a uma "ênfase maior na alfabetização".  "Se a criança não aprende a ler, terá dificuldade a vida toda."

Soares também enfatiza a necessidade de reforçar a aprendizagem em matemática. "Esta é uma linguagem que faz parte da sociedade moderna e as escolas costumam dar pouca ênfase ao conhecimento matemático".

Reforma curricular
O currículo é outro nó a ser desatado.  Essa é a questão que se coloca nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio. Guiomar Namo de Mello, que integrou o Conselho Nacional de Educação no final dos anos 1990 e foi relatora das Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental, avalia que parte das dificuldades existentes hoje nessa área - e que acarretam, por exemplo, a elevada evasão de alunos - está relacionada à maneira como as mudanças curriculares foram implementadas à época.

Reavaliando a história, ela considera que o país viveu um período de anomia, referindo-se à opção feita pelo Ministério da Educação de então de distribuir os novos parâmetros curriculares diretamente às escolas. "Hoje, vejo que talvez tivesse sido melhor trabalhar os parâmetros com as secretarias estaduais e municipais, que cuidariam de especificar o currículo."

Declarando-se contra um currículo nacional, Guiomar reitera que os profissionais das escolas tiveram de lidar com drásticas mudanças em curto espaço de tempo, saindo de um currículo excessivamente fragmentado para um contexto de grande abertura para definir o quê e como ensinar. O resultado foi indefinição. "Acabaram usando os parâmetros como currículo quando, na verdade, eles devem funcionar como uma indicação."

Passada essa fase e diante dos resultados das avaliações oficiais, o momento é de formatar currículos com mais clareza dos objetivos e metas a serem alcançados.  Francisco Soares segue a mesma linha de raciocínio e defende que o currículo seja estruturado. É nesse contexto que ambos  veem como positiva a adoção de sistemas de ensino prontos e fechados, elaborados por grupos privados, pela rede pública de ensino - o que já vem acontecendo em algumas localidades do Estado de São Paulo.

Os currículos polivalentes, em que um único professor assume disciplinas afins, são outra possibilidade, na visão de Guiomar. Isso ocorre em algumas escolas particulares, como o colégio Vera Cruz de São Paulo.

Na rede pública, esse tipo de iniciativa não é tão comum, mas já começam a surgir iniciativas, como a da rede estadual de São Paulo que, com base nos resultados das avaliações locais, implantou novos padrões curriculares e definiu um novo currículo para o ensino fundamental.

Mas mexer no currículo de maneira isolada não é a solução; na verdade, os analistas consideram que a qualificação do professor pode fazer a diferença, mesmo que o currículo seja inadequado. "Se o professor fosse mais bem formado, teria condições de trabalhar melhor o currículo e os conteúdos", analisa Soares.

Formação de professores
A qualificação e as condições de trabalho do docente são encaradas como o ponto central a ser atacado para que a educação brasileira consiga avançar na qualidade.

"É preciso reconhecer que é necessário encarar de maneira séria a questão do docente", afirma o professor da USP, Romualdo Portela. No campo da formação, ele defende a melhoria da qualidade dos cursos de pedagogia. No campo da carreira, o foco deve ser a melhoria geral das condições de trabalho. "E não adianta utilizar as políticas de estímulo por meio de bônus. À luz do direito da educação, qualquer ação tem de ser voltada para todos."

A melhoria dos cursos envolve um conjunto de ações, no sentido de mudar o foco da formação e valorizá-la. "Os cursos de pedagogia estão muito atrasados em relação à cultura do mundo do trabalho do século 21. O professor tem de aprender a fazer, não a reproduzir", propõe o professor Portela.

Além da qualidade da formação, Mozart Ramos Neves considera problemático o acesso aos cursos de nível superior, principalmente no Norte e no Nordeste.  "No Sul e no Sudeste, os profissionais acabam tendo mais acesso à formação, ainda que ela não seja a ideal. Isso não ocorre no Amazonas, por exemplo, onde a educação a distância é utilizada para formar docente, além de facilitar o acesso de crianças e jovens à Educação Básica."

Neves também aponta a necessidade de fortalecer as políticas e ações de nível nacional para a formação docente, como já ocorre por meio do Plano Nacional de Formação de Professores de Educação Básica (Parfor). Embora o sistema ainda não esteja funcionando a pleno vapor, em locais como a Bahia, onde a situação é crítica - 80% dos 93 mil professores das redes municipais não têm formação -  a iniciativa está dando bons resultados.

O quadro de precariedade da formação se replica em outras regiões: no Mato Grosso, o município de Colniza - que integra o grupo de municípios de menor Ideb do país e por isso recebem assessoria do MEC mediante a formulação do Plano de Ações Articuladas (PAR) - também está se valendo do Parfor e outros programas do governo federal para fortalecer a formação docente.  O município também se comprometeu a realizar concurso público para regularizar a situação dos professores. Lá, dos 168 professores da rede, somente 48 são efetivos.

Gestão e recursos
Sem dinheiro e planejamento muito pouco se pode fazer em educação. "Não tem como separar gestão de financiamento", afirma o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara. O recado vale principalmente para os municípios. "Muitos municípios têm uma arrecadação muito baixa e dependem dos repasses e recursos do governo federal, seja via Fundeb, salário-educação ou programas do PDE."

Assim, não se trata apenas de ampliar a arrecadação: a questão é como os recursos são utilizados. O município de Castro, no Paraná, teve o terceiro maior avanço do Ideb em 2009 no estado, resultado que os dirigentes locais atribuem à chamada gestão em rede e ao planejamento das ações em articulação com as demandas e necessidades da área pedagógica, entre outras iniciativas.

Palmas, no Tocantins, ao aumentar as verbas para a educação, conseguiu um avanço significativo no Ideb entre 2005 e 2007. Medidas destinadas a aprimorar o fluxo, como os programas de correção de distorção idade-série, adotados em várias partes do país, como no Estado do Tocantins, colaboram para uma melhor gestão dos recursos.

Melhorar o planejamento ajuda, mas ainda assim é necessário aumentar o volume de recursos para a educação, defende o professor Portela, da USP. "O Brasil aplica 4,7% do PIB, pouco menos do que os Estados Unidos. A diferença é que os Estados Unidos têm um sistema estável e nós ainda não. Temos necessidades enormes a suprir", avalia.

Por isso, na visão dele, seria necessário que o país assumisse uma postura semelhante à a da Coreia, que investiu 10% do PIB em educação durante duas décadas e conseguiu se tornar uma das potências mundiais nesse campo. "O Brasil investe pouco e mal", sintetiza.


fonte: http://revistaeducacao.uol.com.br/textos.asp?codigo=12968


Brasil tem 42 milhões de estudantes em escolas públicas, segundo preliminar do censo escolar

Da Redação*
Em São Paulo

Atualizado às 15h38

Em 2010, o país registrou 42.191.928 estudantes em escolas públicas, segundo dados preliminares do Censo Escolar da Educação Básica de 2010, realizado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). O número representa queda de matrículas de 6,8% em relação ao ano anterior, quando foram registradas 45.270.710 matrículas na rede pública.
As estatísticas, divulgadas no Diário Oficial da União desta sexta-feira (24), são relativas às matrículas públicas atendidas pelo Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).
O número apresentado, no entanto, deve sofrer alterações, uma vez que há mais de 300 cidades com informações incompletas no sistema. O prazo para envio de dados termina em 24 de outubro. Veja a relação dos municípios que devem mandar complementação de dados.
Os gestores e as escolas devem ter documentos que comprovem as informações declaradas ao censo escolar, para possíveis verificações. O envio dos dados garantem a distribuição do fundo e demais programas que utilizam as informações do censo, como distribuição de alimentação escolar, livro didático e transporte escolar, dentre outros. As redes que permanecerem com dados faltantes podem perder recursos.
Os dados consolidados estão previstos para serem divulgados no final de novembro.
*Com informações do Inep.


fonte: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2010/09/24/brasil-tem-42-milhoes-de-estudantes-em-escolas-publicas-segundo-preliminar-do-censo-escolar.jhtm

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Crise financeira afeta educação em países pobres, diz entidade

Por Michelle Nichols 
NOVA YORK (Reuters) - A Campanha Global pela Educação alertou na segunda-feira que a crise financeira interrompeu os avanços na educação infantil nos países pobres, um dos temas a serem discutidos nesta semana na reunião da ONU que irá avaliar o cumprimento das chamadas Metas de Desenvolvimento do Milênio.
Há 69 milhões de crianças fora da escola no mundo, segundo um relatório da campanha -- uma coalizão de mais de cem entidades -- que analisou os 60 países mais pobres do mundo.
Se todas essas crianças pudessem ser educadas para que deixassem a escola basicamente alfabetizadas, cerca de 171 milhões de pessoas poderiam ser tiradas da pobreza, diz o relatório.
"Se os cientistas podem modificar alimentos geneticamente e se a Nasa pode mandar missões a Marte, os políticos devem ser capazes de encontrar recursos para colocar milhões de crianças na escola e alterar as perspectivas para uma geração de crianças", disse Kailash Satyarthi, presidente da Campanha.
Dez anos atrás, a ONU definiu as oito Metas de Desenvolvimento do Milênio, a serem alcançadas até 2015. Uma dessas metas é universalizar a educação primária e eliminar a desigualdade de gêneros em todos os níveis de educação.
"O impulso dos últimos dez anos ainda pode ser aproveitado para tornar a educação para todos uma realidade dentro de cinco anos", disse o ex-premiê britânico Gordon Brown, membro da Comissão de Alto Nível da Campanha Global pela Educação.
"Se os orçamentos educacionais não forem protegidos dos danos da crise financeira, todo o progresso pode ser ameaçado, e gerações serão condenadas à pobreza", afirmou.
O relatório estima que os países da África Subsaariana terão de reduzir 4,6 bilhões de dólares por ano dos seus orçamentos educacionais por causa da crise financeira global. Isso representa um corte de 13 por cento por aluno da escola primária.
O texto de 34 páginas lembra que as dificuldades econômicas resultam "da crise no sistema bancário do mundo rico" e afirma que "a meta que poderia ter maior impacto sobre o crescimento econômico, a melhoria da saúde e do bem estar social e o desenvolvimento é assegurar acesso universal à educação de boa qualidade".
Segundo o relatório, a situação da educação primária é pior na Somália, Eritreia, Haiti e ilhas Comores.
O estudo faz várias recomendações, como a de que os países pobres dediquem 20 por cento dos seus orçamentos à educação, e que os países ricos dupliquem sua ajuda para a educação básica, chegando a 8 bilhões de dólares em 2011.
Na África Subsaariana, permitir que todas as mães concluam o ensino médio salvaria a vida de 1,8 milhão de crianças por ano, segundo a campanha.




fonte: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2010/09/20/crise-financeira-afeta-educacao-em-paises-pobres-diz-entidade.jhtm

Uso excessivo do celular entre jovens provoca dificuldades de aprendizado

Os jovens que usam em excesso seus telefones celulares têm mais dificuldade para dormir e sofrem de estresse e fadiga. A constatação é de um estudo da Academia Americana da Medicina do Sono em Westchester (EUA).

O relatório observou 21 jovens entre 14 e 20 anos, com boa saúde e sem problemas de sono, que foram divididos em dois grupos: um de controle (três homens e sete mulheres) e um experimental (três homens e oito mulheres).

O grupo de controle realizou menos de cinco chamadas diárias e/ou enviou cinco mensagens de texto ao dia. O grupo experimental realizou mais de 15 chamadas e/ou enviou 15 mensagens de texto. Em seguida, os participantes tiveram que responder a um questionário sobre seus hábitos de sono e seu estilo de vida.

Os jovens que usavam o telefone de forma excessiva mostraram um estilo de vida descuidado, maior consumo de bebidas estimulantes, dificuldades para dormir, além de maior suscetibilidade ao estresse e à fadiga.

Para ouvir o Capital Humano, clique aqui



fonte: http://aprendiz.uol.com.br/content/mouucuthes.mmp

Aparelho digital priva cérebro de repouso e prejudica aprendizagem, diz pesquisa

A tecnologia permite aproveitar com algum entretenimento esperas em fila, corridas em academia ou deslocamentos em ônibus. Porém, cientistas norte americanos apontam para um efeito colateral: quando as pessoas mantêm o cérebro ocupado com dados digitais, desperdiçam as pausas que lhes permitiriam aprender melhor, lembrar de informações e até mesmo ter novas ideias.

Uma experiência feita da Universidade da Califórnia (UC), em São Francisco, mostrou que quando cobaias fazem uma nova experiência, seus cérebros registram novos padrões de atividade. Mas só quando descansam elas processam esses padrões de modo a criar uma memória persistente.

Um cérebro é constantemente estimulado pode ter dificuldades no processo de aprendizagem, segundo Loren Frank, do Departamento de Fisiologia da UC.

As pessoas aprendem melhor depois de uma caminhada na natureza do que em um ambiente urbano, segundo um estudo da Universidade de Michigan. Isso pode sugerir que o processamento de muitas informações cansa.

Para ouvir o Capital Humano, clique aqui.

fonte: http://aprendiz.uol.com.br/content/gecifrespe.mmp

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

IBGE: diminui desigualdade racial no acesso à educação

 
 
No Rio de Janeiro
 
 
As desigualdades raciais no acesso à educação e no rendimento diminuíram entre 1999 e 2009, apesar de continuarem elevadas, segundo mostra a Síntese de Indicadores Sociais divulgada na manhã de hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Enquanto 62,6% dos estudantes brancos de 18 a 24 anos cursavam o nível superior em 2009, o porcentual era de 28,2% para os pretos e 31,8% para os pardos, de acordo com a terminologia usada pelo instituto. Os dados apontam, entretanto, que houve forte expansão nesse indicador para todos os grupos. Em 1999, esses porcentuais eram de 33,4% para brancos, de 7,5% para pretos e de 8% entre os pardos.

Em relação à população de 25 anos ou mais com ensino superior concluído, houve crescimento na proporção de pretos (subiu de 2,3% em 1999 para 4,7% no ano passado) e pardos (passou de 2,3% para 5,3%). No mesmo período, o porcentual de brancos com diploma passou de 9,8% para 15%. Ainda segundo a pesquisa, a população branca de 15 anos ou mais tinha, em média, 8,4 anos de estudo em 2009, enquanto pretos e pardos tinham 6,7 anos.

A Síntese mostra que os rendimentos de pretos ou pardos também continuam inferiores aos de brancos, embora a diferença tenha diminuído nos últimos dez anos. Os rendimentos-hora de pretos e de pardos representavam, respectivamente, 47% e 49,6% do rendimento-hora de brancos em 1999, passando a 57,4% (para pretos e pardos) em 2009.

As desigualdades estão presentes também no analfabetismo. A taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade era de 13,3% para pretos em 2009, de 13,4% para pardos e de 5,9% para brancos.





fonte: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2010/09/17/ibge-diminui-desigualdade-racial-no-acesso-a-educacao.jhtm

No Brasil, 42,6% dos analfabetos têm mais de 60 anos

Ana Okada
Em São Paulo
 
 
Dentre o contingente de 14,1 milhões de analfabetos do país, 42,6% têm mais de 60 anos de idade. Em dez anos, houve aumento de 8,2 pontos percentuais nos analfabetos desta faixa etária. Os dados foram divulgados na Síntese de Indicadores Sociais, feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com base na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2009.
Dentre as mulheres analfabetas, quase metade (48,7%) tem mais de 60. Já entre os homens, os mais velhos representam 36,3%. A diferença entre gêneros se acentua no interior do país, uma vez que, lá, a população masculina vive menos tempo que a feminina.
A proporção de analfabetos entre 40 a 59 anos aumentou pouco: de 34,5% em 1999, eles foram para 35,5% em 2009. Já dentre jovens de 15 a 24 anos houve queda no analfabetismo: em 1999, eles eram 10,1% do contingente; em 2009, foram para 4,6%. A população de 25 a 39 anos teve menor redução na taxa, que foi de 21,1% para 17,4%.

Escolaridade x alfabetização

A maior proporção de analfabetos maiores de 60 anos pode ser reflexo do aumento de escolaridade da população, com o maior tempo de permanência na escola. A população de 10 anos ou mais de idade atingiu em 2009 7,2 anos de estudo, o que representa um aumento de 0,6 ano em relação a 2004, de acordo com a Pnad 2009.
A maior média de anos de estudo foi a de pessoas de 20 a 24 anos (9,6 anos), sendo 10 anos de estudo para as mulheres e 9,3 anos para os homens.
O analfabetismo caiu 0,3 pontos percentuais entre pessoas com 15 anos ou mais. Em 2008, a taxa era de 10%; em 2009, foi para 9,7%. Segundo dados da pesquisa, a maioria dos analfabetos (92,6%) está concentrada no grupo com mais de 25 anos de idade.



fonte: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2010/09/19/no-brasil-426-dos-analfabetos-tem-mais-de-60-anos.jhtm

Assista o vídeo da atriz Drica Moraes em campanha contra o Linfoma

Poemas da Beth

Beth Zhalouth
Professora de Química e Poetisa


ofereço este poema para a nossa amiga, a supervisora Zilda
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De Jesus emana luz de harmonia, essa luz que reluz em Marias



Mulher:  

fonte de todas as fontes,

que destila transcendência e mistério,

que desfila graça, que desafia na força

Mulher tecida de espírito do bem etéreo




Uniste a paz celestial à labuta real

Mulher dos mesmos direitos, dos mesmos deveres

e da felicidade igual




Mulher

poderosa, de tão conhecedora

Segura, de tão pressentida

Piedosa, de tão provedora

 

 
Menina fina-flor, pura-ternura
 
(alma rara)
 
Barco que desliza em água calma
 

(e a lua clara)




Mulher

que pinta e borda, que fia e confia

em lindos dias, mais leves, mais livres...



 
Mulher que em tempos de guerra

vem em missão de paz:

-em tuas mãos, a Nova Era!




Corações resplandescedores de amores...

Sois vós, as Marias de todos os nomes! 

sábado, 18 de setembro de 2010

Somente metade dos adolescentes entre 15 e 17 anos está no ensino médio

Rafael Targino
Em São Paulo
Atualizado às 11h56

Apenas metade (50,9% do total) dos adolescentes entre 15 e 17 anos está no ensino médio, que é o nível adequado para a idade. É o que mostra a Síntese de Indicadores Sociais, feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com base na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2009.
O índice, que é a taxa de escolarização líquida, vem melhorando nos últimos 10 anos –era de 32,7% em 1999 e de 44,2% em 2004. Esse número indica a proporção da população em determinada faixa etária que está no nível de ensino certo para a idade.
De acordo com o IBGE, a baixa escolarização nas idades analisadas é causada pelos atrasos no ensino fundamental. Segundo o instituto, 97,6% dos que têm entre 6 e 14 anos, faixa recomendada para a etapa, estão na escola. Ou seja: boa parte deles ainda não consegue passar para o ensino médio ao fim do fundamental.
Quando é feita a comparação com o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), é possível perceber que mesmo os que conseguem chegar ao ensino médio têm defasagens no aprendizado. O índice da etapa subiu apenas 0,1 ponto (de 3,5 em 2007 para 3,6 em 2009) em dois anos.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse, na época da divulgação, que o resultado pífio do Ideb no ensino médio era esperado. “Quando você começa a melhorar, essa melhora se dá por onda. Uma onda que vai se propagando ao longo do ciclo. Você consegue ter um desempenho, uma arrancada mais forte nos anos iniciais que vai se propagando”, afirmou.
No ensino médio, é recomendado que o estudante de 15 anos esteja no 1º ano; o de 16, no 2º; e o de 17, no 3º. A estimativa é que o aluno comece a cursar o ensino superior por volta dos 18.

Norte e Nordeste

A situação é mais grave nas regiões Norte e Nordeste. Neles, apenas dois em cada cinco adolescentes entre 15 e 17 frequenta o ensino médio. No Sudeste, ao contrário, mais de 60% dos jovens estão nos três últimos anos da educação básica.
Apesar de o número ainda ser baixo no Nordeste (39,2%), ela foi a que mais cresceu nos últimos dez anos: 22,5 pontos percentuais. Em 1999, o índice era de 16,7%.

Renda

O IBGE mostra também que a renda familiar influencia na presença do estudante desta etapa no ensino médio. Os dados nacionais mostram que apenas 32% dos alunos da faixa mais pobre da população estão no ensino médio. Na camada mais rica, esse total sobe para 77,9%.


fonte: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2010/09/17/somente-um-em-cada-dois-jovens-entre-15-e-17-anos-esta-no-ensino-medio.jhtm