sábado, 30 de outubro de 2010

Biblioteca Nacional abre exposição para comemorar 200 anos

Da Agência Brasil
No Rio de Janeiro


O ministro da Cultura, Juca Ferreira, e o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Muniz Sodré, abrem hoje (29) à tarde, no Rio, exposição comemorativa do bicentenário da instituição, com 200 das mais importantes obras do acervo.

Em entrevista coletiva às 16h, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério da Ciência e Tecnologia anunciam novos investimentos em projetos da instituição.

A Biblioteca Nacional do Brasil é uma das dez maiores do mundo. O acervo, com cerca de 9 milhões de obras, tem origem na coleção de dom João VI. A instituição é referência em projetos de restauração e digitalização na América Latina.

Em comemoração à data e ao Dia Nacional do Livro, a Ação da Cidadania lança hoje (29) a 18ª edição da Campanha Natal sem Fome dos Sonhos. Será iniciada em diversos estados a coleta de brinquedos e livros infanto-juvenis para distribuição em comunidades pobres no fim do ano.

No Rio, o lançamento será às 10h, na Praça Floriano, na Cinelândia, em frente às escadarias da Câmara Municipal, onde será montado um palco para apresentações de musicais, narração de histórias e um sarau de poesia, com atores, poetas e crianças da comunidade da Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana.

Os direitos estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) são o tema desta edição.
 
 
 
Escola nos EUA serve larva na merenda
BBC Brasil


Em um dia por ano, parte da merenda da escola elementar Robeson, no Estado de Illinois, no norte dos Estados Unidos, são larvas grelhadas ou grilos com tempero de bacon e queijo.

São os alunos da segunda série, da turma do professor Michael Cahill, que têm o discutível privilégio de degustar a refeição especial.
O professor recomenda as larvinhas para os mais sensíveis, enquanto os ousados devem experimentar os grilos.

A ideia é mostrar aos alunos que insetos são comestíveis e parte da dieta diária em outras partes do mundo. 

Cahill parece ser um dos mais entusiasmados entre os que provam os insetos e diz que os grilos, “com suas pernas, são mais carnudos e deliciosos".




quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Parabéns Servidores da Escola Everaldo!!

Funcionário público é todo aquele empregado de uma administração estatal. Sendo uma designação geral, engloba todos aqueles que mantêm vínculos de trabalho com entidades governamentais, integrados em cargos ou empregos das entidades político-administrativas, bem como em suas respectivas autarquias e fundações de direito público, ou ainda, é uma definição a todo aquele que mantem um vínculo empregatício com o Estado, e seu pagamento provém da arrecadação pública de impostos, sendo sua atividade chamada de "Típica de Estado", geralmente é originário de concurso público pois é defensor do setor público, que é diferente da atividade do Político, detentor de um mandato público, que está diretamente ligado ao Governo e não necessariamente ao Estado de Direito, sendo sua atribuição a defesa do Estado de Direito, principalmente contra a Corrupção Política ou Governamental de um eleito, que costuma a destroir ao Estado(Historicamente); um Estado corrompido demonstra geralmente que essa função, cargo ou serventia não funciona adeqüadamente.
Segundo o Código Penal brasileiro assim define o funcionário ou servidor público: "Art. 327 - Considera-se funcionário ou servidor público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego, serventia ou função pública. § 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública."

Em 1808, com a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil, formou-se o embrião daquilo que seria a máquina administrativa estatal.
 
São, portanto, duzentos anos de funcionalismo público. O Brasil se tornou independente, virou império, república. E lá estavam os servidores. Governos e governantes vieram e passaram, e os funcionários permaneceram. Tanto na ditadura quanto na democracia, a imensa máquina pública brasileira jamais deixou de funcionar.

O cargo de funcionário público sempre foi muito cobiçado. A cada novo concurso, milhares de candidatos buscam uma vaga em instituições federais, estaduais e municipais. Apesar disso, o serviço público, de um modo geral, é visto como ineficiente por boa parte da sociedade. Garantias como a estabilidade no emprego tornam difícil demitir maus funcionários, contribuindo para a imagem depreciativa do paletó na cadeira. Mas a história mostra que são estes funcionários, na verdade, os grandes responsáveis pela manutenção e organização dos serviços prestados pelo poder público, em qualquer nível.

Em 1943, o então presidente Getúlio Vargas institui o 28 de outubro como o Dia do Funcionário Público, através do Decreto-Lei Nº 5.936.

Em 1990, com o surgimento do novo Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais - Lei 8.112 - a denominação de funcionário foi substituída pela de servidor.


fonte: internet

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Poemas da Beth Zhalouth

Deletando energias negativas

Existe em nós um dragão real
(ou seria fictício?)
Ele detona nossos sonhos
e acha que tudo é difícil
Só vence quem desmantela
seu plano sub-reptício



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Pra levantar da rede



Cresce mais quem pensa, crê, sobretudo, faz  




Se quer realizar um sonho, espante o sono  




Se não conseguiu o que desejava, é porque desejou pouco  




Permita-se revanche  




O futuro é bom: o que não foi terá nova chance  




Os limites desencorajam

Mas as possibilidades animam    

domingo, 24 de outubro de 2010

Novidade na Blogosfera , o Blog recomenda!

Os professores estão cada vez mais conectados, a Professora Tatiana Cunha, que é professora de Matemática, criou um blog para discutir assuntos relacionados ao ensino da disciplina, além  claro de receber sugestões!

Caso você queira conferir, clique no Link abaixo ou dâ uma olhadinha no "Vale a Pena Conferir".


A tentativa brasileira


Financiado pelo governo federal e ainda funcionando de forma experimental, o programa Ensino Médio Inovador tem como meta incentivar a busca por novas soluções para essa etapa, frequentada por apenas 50,4% dos jovens de 15 a 17 anos em 2008, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). O programa apresentado pelo MEC possui quatro pilares: foco na leitura, incluindo diversas linguagens, como o teatro e o cinema; reserva de 20% da carga horária para disciplinas eletivas, escolhidas pelo aluno; aumento da carga horária de 800 para mil horas anuais e dedicação exclusiva do professor a uma escola. Dezessete estados brasileiros, além do Distrito Federal, aderiram ao programa nessa primeira fase. No total, são 357 escolas (58 delas ainda não receberam os recursos para o programa por pendências com o FNDE) e 296.312 alunos, cerca de 3,7% dos matriculados no ensino médio em todo o Brasil.

Desde 2008 Goiás desenvolve um projeto de ressignificação do ensino médio, em que as escolas definem suas ações, metas e matérias eletivas oferecidas. Com a adoção da proposta do MEC, as unidades incorporaram novas questões, como a interdisciplinaridade e o foco na leitura. O Colégio Estadual Professor Murilo Braga, em São João de Meriti (RJ) já desenvolvia vários projetos para estimular os alunos e combater a evasão na unidade, que era alta. O programa está servindo como um direcionador das atividades desenvolvidas. "O Ensino Médio Inovador nos deu subsídios para orientar os projetos extraclasse e tem nos auxiliado a pensar a integração entre as disciplinas e ações, que muitas vezes eram feitas isoladamente. A interdisciplinaridade é um desafio porque o professor precisa se reestruturar, já que sua formação foi compartimentada", diz a diretora Angélica Novaes.

No sudeste da Bahia, em Mutuípe, a implantação do programa federal no Colégio Estadual Professor José Aloísio Dias é mais um desafio para a unidade. A infraestrutura insuficiente - sem quadras, refeitórios ou salas de reuniões - e o reduzido quadro de funcionários e professores formados compõem as dificuldades enfrentadas diariamente. Ainda assim, a escola oferece quatro disciplinas eletivas para os alunos abordando leitura, inclusão digital, preservação da água e a proximidade com a comunidade por meio do projeto de memorial histórico e social da região. O aumento da carga horária também trouxe dificuldades quanto ao transporte, mas a unidade conseguiu refazer o horário dos veículos com a prefeitura.
(Marina Almeida)
Encruzilhada
Etapa intermediária, o ensino médio tem representado o estágio em que a educação deixa muitos alunos para trás. Reformulá-lo tem sido um desafio para vários países
 
Marta Avancini


Tradicionalmente, o ensino médio é uma espécie de filho do meio da educação brasileira, aquele que fica "esquecido" e "pressionado" entre o irmão mais velho e o mais novo. Sem uma identidade clara, com um currículo engessado e excessivamente acadêmico, além de sofrer com a falta de professores, acaba não preparando os alunos adequadamente para avançar nos estudos nem para ingressar no mercado de trabalho.

As deficiências se traduzem no fraco resultado do secundário no Ideb de 2009, que revelou a estagnação do desempenho dos alunos no país e piora em sete estados. Outro sintoma da crise é a falta de interesse dos adolescentes pela escola. Apenas a metade dos jovens da faixa etária adequada, de 15 a 17 anos, frequenta o ensino médio. E o que é pior: 2 milhões de jovens nessa faixa etária estão fora da escola.

Os problemas enfrentados pelo Brasil não são exclusividade nossa - ainda que aqui sejam mais acentuados.  Vários países têm promovido reformas e ajustes nos seus sistemas de ensino com a finalidade de assegurar, ao maior número de estudantes possível, acesso a uma formação de melhor qualidade e significativa para o mundo do trabalho e a vida na sociedade do século 21.

E como o conhecimento está na ordem do dia e o ensino médio se tornou, em boa parte do planeta, o pré-requisito para obter um emprego, o desafio é formatar uma estrutura e um currículo que permitam aos jovens desenvolver qualificações para o trabalho e sua capacidade de aprender ao longo da vida.

Por isso, a diversificação da oferta, a criação de formas de equivalência e transição entre os diferentes tipos de curso dão o tom dos sistemas de ensino de boa parte dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Na Finlândia e nos Estados Unidos, a flexibilidade é o eixo. O país nórdico possui uma das estruturas mais flexíveis que se conhece: não existem séries e o currículo é organizado em módulos semestrais. Para se graduar, basta que o aluno acumule determinado número de créditos.

Nos Estados Unidos, o sistema educacional foi construído de modo a proporcionar o acesso à escola comum a todos os adolescentes, sem filtros e demarcações prévias - como ocorre na Alemanha e Inglaterra, onde somente os mais bem avaliados podem fazer os cursos secundários que se destinam aos futuros ingressantes nas universidades.

Desse modo, as high schools norte-americanas são, na verdade, três escolas no mesmo prédio, como explica o professor Cândido Alberto Gomes, da Universidade Católica de Brasília (UCB), no artigo "Ensino secundário nos Estados Unidos - Novos problemas e novas soluções": a escola acadêmica (para os alunos de melhor aproveitamento), a vocacional (preparação para o trabalho) e a geral (para os de menor aproveitamento). Em cada ramo, existem subdivisões por turmas, segundo o aproveitamento do aluno.

A diversificação, diz João Batista de Oliveira Araújo, presidente do Instituto Alfa e Beto, é a norma (não a exceção) no ensino médio nos países mais avançados. "Há diversificação dentro das escolas e entre as escolas."  Nos países da OCDE, ela se dá por meio da oferta de um ensino médio acadêmico e um ensino profissionalizante. No ramo acadêmico, costuma haver uma divisão entre as grandes áreas do conhecimento; já o profissionalizante é organizado por profissões ou por áreas - tendência esta que vem ganhando espaço.

Mas, como aponta a superintendente executiva do Instituto Unibanco, Wanda Engel, os tradicionais modelos europeu e norte-americano não se ajustam mais às demandas da sociedade contemporânea. O primeiro (ou ao menos a direção que prevalece em muitos países europeus) é criticado por ser pouco democrático e excessivamente seletivo, na medida em que "predetermina na adolescência o que a pessoa será posteriormente". Na Holanda, por exemplo, define-se aos 12 anos de idade se o aluno vai para o ensino secundário vocacional, geral ou pré-universitário.

Já a falha do modelo norte-americano é agregar pouco à formação do jovem. "A flexibilidade é grande, capaz de atender a uma demanda muito variada, mas o aluno sai com pouca cultura geral", analisa Wanda.

Uso x acúmulo de informação
Num mundo competitivo, de mudanças aceleradas em que os diplomas valem cada vez menos (porque mais e mais pessoas têm um nível maior de escolaridade), é essencial que a educação seja útil. "O aluno precisa ter uma base bem ampla de educação geral não tanto para saber, por exemplo, leis da física, mas para aprender a conhecer, aprender a pesquisar e estar aberto ao novo", analisa Gomes, da UCB. O recado é claro: é mais importante saber usar a informação do que acumulá-la.

Nesse novo cenário, a palavra-chave é convergência. Convergência entre a educação geral e a profissionalizante, entre o ensino secundário e o superior, entre a escola e o mercado de trabalho/demandas do mundo contemporâneo. Isso para que a escola seja capaz de incorporar e manter os jovens, ofertando a eles uma formação que faça sentido.

O programa TechPrep, dos Estados Unidos, é um exemplo das estratégias adotadas para tentar tornar o ensino médio mais significativo para o aluno e a sociedade.  Presente em quase metade das escolas secundárias, o TechPrep é um programa de participação voluntária, conduzido durante quatro anos de ensino secundário + dois de ensino superior. Uma de suas principais vantagens, explica Gomes, é que, ao aderir ao TechPrep, o jovem é induzido a formular, por si próprio, seus objetivos de carreira profissional.

Outro pilar do programa é o estudo contextualizado dos conteúdos da educação geral, os quais são trabalhados de maneira a explicitar as relações entre ciência e vida, ciência e tecnologia e teoria e prática - uma das chaves para tornar o ensino médio mais atraente e significativo para o jovem, nos termos de Wanda Engel, do Instituto Unibanco. "É importante que existam mecanismos que induzam à profissionalização não no sentido de aprendizagem de um ofício, mas que garantam aos jovens ferramentas para ingressar no mundo do trabalho."

As vantagens desse modelo são várias, pontua Gomes, da UCB: o progressivo envolvimento do aluno com o trabalho e a carreira, uma formação técnica aprofundada nos dois últimos anos, o ingresso num curso superior de caráter profissionalizante e com duração de dois anos e a obtenção de um diploma que habilita o jovem a avançar nos estudos.

Articulação com o mercado de trabalho
Também nos Estados Unidos, a Career Academies, nos dois últimos anos do secundário, permite que os alunos façam a opção por se matricular em um curso com um currículo organizado em torno do trabalho. A proposta inclui parcerias com o mercado laboral, para que os alunos tenham cursos práticos com duração de um ano.

Na Finlândia, os empresários, empregadores e educadores trabalharam juntos na construção do sistema de educação profissional em vigor atualmente, mais voltado para as necessidades dos adultos e das empresas do que o anterior. As qualificações são fundamentadas em competências, dividindo-se em profissionais (habilidades básicas), qualificações posteriores (atestando um trabalhador capacitado) e de especialista (domínio de habilidades complexas no
seu campo).

Já a Alemanha é conhecida pelo sistema dual, no qual existe uma profunda articulação entre a formação profissional e o mundo do trabalho, possibilitando até que o aluno estude num turno e trabalhe no outro.

Acadêmico + profissional
Na Alemanha e na Inglaterra, onde tradicionalmente a formação acadêmica não se mistura com a profissionalizante, está ocorrendo uma aproximação entre os dois campos. Isto porque, em decorrência das exigências do mercado de trabalho, o ensino profissionalizante está perdendo as características de um ensino aplicado, afirma Oliveira Araújo. Assim, o "viés acadêmico" passa a ser valorizado dentro da formação profissionalizante. 

"Em países como a Alemanha, o ensino profissionalizante não é visto como um ensino de segunda categoria. Há um rigor muito grande, semelhante ao do ensino acadêmico", diz ele. Além disso, nos países da OCDE em geral está aumentando a carga de conhecimentos conceituais e científicos que fundamentam as ocupações. "Cada vez mais, a capacidade de planejar, analisar e tomar decisões é valorizada, por isso não basta saber apenas manipular objetos. Há uma crescente preocupação em dar aos jovens a possibilidade de compreender a lógica de funcionamento do mundo do trabalho e das organizações", afirma.

Além disso, em locais como a Alemanha e a França, de forte tradição profissionalizante, o secundário vocacional está se estruturando, de maneira crescente, em "famílias de ocupação" em vez de se afunilar em uma profissão e em especializações. "Assim, o aluno pode se engajar em diferentes tipos de ocupação."

Já no ramo acadêmico, complementa Oliveira Araújo, a tendência nos países da OCDE é aproximar os conteúdos transmitidos na escola aos avanços científicos e às suas aplicações no mundo real. "Isso acarreta tanto um aumento da exigência da capacidade de abstração quanto maior preocupação com a aplicação prática do conhecimento."

A maneira como esta tendência é implementada varia de país para país, mas é possível dizer que ela costuma se traduzir em atividades que aproximam o mundo real e a escola. Por exemplo: valorização das atividades em grupo, trabalho voluntário, associativismo, simulações de processos decisórios de empresas etc.

Na Espanha, desde os anos 1990, a tendência é a de superar a divisão entre o ensino médio acadêmico e o profissional, bem como valorizar esse segmento. Por isso, passou a existir apenas um exame de ingresso no ensino secundário e o ensino acadêmico incorporou a chamada "formação profissional de base", por meio de disciplinas em que são trabalhadas as aptidões para o trabalho (por exemplo, tecnologia e economia) e oficinas práticas.

Mais recentemente, em 2007, o bachirellato (acadêmico) fortaleceu a formação em ciências para todos os alunos por meio da introdução de uma nova disciplina, ciências para o
mundo contemporâneo.

Mais qualidade, menos desigualdade
Acompanhando a tendência dos países do Hemisfério Norte, o Chile realizou uma reforma do ensino médio na década de 1990 com a finalidade de reduzir as desigualdades, melhorar a qualidade e tornar o currículo menos enciclopédico. Isso num contexto que lembra o Brasil de hoje, em que o ensino médio convencional não é atraente e o ensino profissionalizante está distante das práticas do mundo do trabalho.

O caminho adotado para superar esses problemas foi uma reforma curricular, construída a partir de um amplo processo de discussão com as escolas e profissionais da educação, que estabeleceu duas categorias - a formação geral e a formação diferenciada - tanto para a educação geral quanto para a profissionalizante. Desse modo, dilui-se a distinção rígida entre os ramos acadêmico e profissionalizante e se reforça o valor da educação em ambas as vias.

Vale destacar ainda o pano de fundo das reformas no Chile: aumento do financiamento por aluno (incluindo recursos públicos, privados e contribuições dos pais) e a implantação de um Estatuto Docente, que significou aumento de salário e a oferta de incentivos pautados por desempenho aos professores, entre outras políticas.

Embora as soluções variem e estejam necessariamente associadas ao contexto social, histórico e cultural de cada país, a experiência internacional mostra que não há mais espaço para um ensino médio dissociado do mundo e do trabalho, nos termos de Wanda Engel.  "O mundo mudou, está a caminho de um ensino de massa, vinculado à vida, à compreensão do mundo e às necessidades do trabalho e da cidadania", complementa Gomes, da UCB.

Essa ideia já está assimilada. Mas os desafios que a acompanham não são desprezíveis e abarcam desde a oferta de um ensino fundamental de qualidade para todos (a fim de que tenham condições de progredir nos estudos) até aceitar que há várias outras fontes de informação que concorrem com a escola e o professor, e que cabe a ambos revelarem-se suficientemente importantes para ajudar o aluno a transformar informação e saberes em conhecimento, além de mostrar-lhe o leque de opções, inclusive éticas, para utilizá-lo.



fonte: http://revistaeducacao.uol.com.br/textos.asp?codigo=12995

Brasil investe só 1/5 do aplicado em educação por países da OCDE

Da Redação
Em São Paulo

O Brasil investiu somente cerca de 1/5 do aplicado por países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) no ensino fundamental. A conclusão é do estudo Education At A Glance 2010.
Segundo a publicação, o Brasil investe, em média, US$ 19.516 por estudante do fundamental em todo o ciclo, contra US$ 94.589 (em média) dos países membros da OCDE. Fazem parte da organização países da Europa, Estados Unidos, Chile, México e Japão. O ano utilizado como base é 2007.

Os números levam em conta salários de professores, capacitações de aprendizagem, materiais e instalações de ensino e o número de estudantes matriculados no sistema educacional.

Entretanto, a organização diz no estudo, publicado em setembro, que o Brasil está entre os seis países onde mais houve crescimento no que diz respeito a investimentos na área. Em 2007, ano utilizado como base para os comparativos econômicos, o que foi alocado para a educação correspondeu a 16,1% dos investimentos públicos sociais, em todos os níveis de ensino combinados. 

Entre 2000 e 2007, afirma a OCDE, houve um aumento de 66% neste percentual. Além do Brasil, estão na lista Chile, Dinamarca, Holanda, Eslováquia e Suécia. Em 2007, segundo a organização, o país investiu 5,2% do PIB em todos os níveis de ensino combinados.


fonte:  http://educacao.uol.com.br/ultnot/2010/10/13/brasil-investe-so-15-do-aplicado-em-educacao-por-paises-da-ocde.jhtm
Corpo de Bombeiros, uma chama pela vida


Alcides de Oliveira


Uma corporação respeitada em todo o território nacional, que se faz sempre presente em nosso meio, é o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Amapá. É uma corporação onde todas as pessoas que fazem parte da mesma, se colocam à disposição da comunidade, respondem presente aos chamados nas horas mais difíceis que a pessoa ou toda uma comunidade clama por essa presença e ela nunca é furtada a quem necessita, são pessoas abnegadas, que tem no salvar vidas a sua missão sublime, tem no seu dia a dia a prontidão inegável para servir a comunidade, para correr contra o tempo, para mesmo no trote agir como se pessoas estivessem precisando de socorro, não podendo nunca se omitir daquele chamado. É uma missão árdua, pois muitas vezes na irresponsabilidade criminosa de um trote, fatalidades podem ocorrer na busca de cumprir a missão, como aconteceu com uma bombeiro, que no dever de atender uma chamada, que para todos era verdadeira, lamentavelmente perdeu a vida em um acidente a caminho de se cumprir essa missão.

Valorosos militares bombeiros, bombeiros por que a tempos atrás para dizimar o fogo, era necessário que alguns integrantes através do esforço físico, bombeassem água para tal fim e hoje e sempre bombeiam sangue dos seus corações, com uma chama ardente em suas almas, que não se apaga porque é uma chama interior e divina, com uma única determinante, que é o magnífico ato de salvar vidas, a ponto de muitas vezes ao tentar cumprir a sua missão na salvação de vidas, a sua própria é sacrificada em favor dessas, dando a prova de que não existe nada nesse mundo mais sublime, mais heróico, mais altivo do que doar a vida para salvar vidas, recebendo com esse ato, com certeza, as glórias de Deus, pois cumpre aquilo que Ele deixou como ensinamento aqui na terra.

Salvadores de vidas, homens e mulheres santos, tenazes no seu labor, grandiosos nas suas ações, altruístas e generosos com os que precisam de seus atos bondosos, pessoas que correm em suas veias a capacidade de se doarem em favor de outrem, gloriosos são os resultados obtidos em nossa comunidade, seres humanos que não medem conseqüências para o salvamento de uma vida, nas suas mentes não tem discriminação, não tem preconceito, mas tem ética, tem moral, tem amor a vida dos outros, tem caridade e acima de tudo tem respeito pelo ser humano seu semelhante, principalmente nas horas em que mais a comunidade necessita de suas ações.

O Corpo de Bombeiros, tem na sua identificação principal a cor vermelha, que com certeza não é por acaso, pois nos destinos que regem os caminhos desta corporação, doar o próprio sangue faz parte determinante para poder executar com êxito o salvamento de uma vida, marcas de sangue em suas mãos e em suas vestes, são freqüentes, tanto vindas do próximo como vindas das suas próprias veias, não importando ao militar do corpo de bombeiros o fato de perda de sangue por ele, mas importando e muito, o fato da perda de sangue de quem ele através de Deus tem a responsabilidade de salvar e assim com uma certeza das mais imensuráveis, ele salvará.

Militares que fazem parte da grandiosa corporação do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Amapá, que Deus esteja sempre olhando e os amparando, que a missão de salvar vidas, abraçada por todos, sempre seja cumprida, e será, que o chamado de socorro pelas pessoas da comunidade, sempre encontre eco, e encontrará, que o amor pela vida do próximo sempre esteja em primeiro lugar, e estará, porque as vidas que estão sendo vividas nesse momento, muitas vezes vivem bem porque tem absoluta certeza que essas afirmativas são verdadeiras e certeza tem também , todos, que uma chama que nunca se apagará é aquela que aquece o coração e a alma das pessoas que fazem parte do Corpo de Bombeiros, para que sempre cumpram a missão que lhes foi confiada por Deus e pela comunidade, com o coração e a alma aquecidos na salvação de vidas.

Professor Alcides de Oliveira
alcides.oliveira2005@ig.com.br


fonte: http://www.correaneto.com.br/site/?p=2326#more-2326
A matemática faz parte de nossa vida 

Por Tatiana Cunha


É muito comum os alunos reclamarem dos assuntos de matemática, por sentirem dificuldades em aprender e questionar porque devem estudar se não iram utilizar os conteúdos. 
Na verdade, a grande maioria não percebe que a Matemática esta no nosso dia-a-dia e que há utilizamos o tempo todo. Poderia ficar várias aulas citando e explicando aonde encontramos a matemática e que o surgimento da mesma foi pela necessidade do próprio homem.
Através dos números, adquirimos e aperfeiçoamos muitas coisas, pois sem ele, não saberíamos contar e utilizar nosso dinheiro, não teria facilidade para verificar o peso de nossos alimentos, saber o número de habilitantes de uma cidade, utilizar novas tecnologias como, computador e aparelhos de celular. 
Na verdade a Matemática esta presente em todas as disciplinas, explicitamente ou não, assim como a Língua Portuguesa. Na física, para se calcular a velocidade média de um automóvel; na química, no balanceamento da equação de uma reação química; na história, anos e séculos em que ocorreram os fatos históricos; na geografia, o censo 2010 que esta sendo realizado em todo Brasil, coleta dados que serão transformados em números e depois em gráficos e assim por diante.
A Matemática esta em todo lugar, e não deveria ser tão discriminada pelos alunos, pois é muito chato você escutar do aluno que não gosta da matéria, sem ao menos tentar aprender a mesma. Para se aprender é preciso estudar, para estudar é preciso ter vontade de aprender.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Jovens cientistas apresentam projetos de melhorias para cidades

Desirèe Luíse
Enviada especial a Novo Hamburgo (RS)



Congestionamentos, enchentes e poluição das águas. Os problemas são enfrentados cotidianamente pela população que vive nas cidades. Com o objetivo de melhorar a situação dos moradores urbanos, jovens pesquisadores apresentam projetos durante a 25ª Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), que acontece em Novo Hamburgo (RS), entre os dias 19 e 22 de outubro.   

Aluno do 2º ano do ensino médio da Escola Professor Nilton Balieiro Machado, Jadson Côrtes estava preocupado com o trânsito da cidade onde mora, em Macapá (AP). A falta de planejamento urbano é perceptível, segundo o estudante, já que não há calçadas e nem ciclovias.

Após participar do núcleo de atividades de altas habilidades da escola, o jovem desenvolveu o projeto "Alternativas para a melhoria do trânsito na cidade de Macapá". Jadson trabalhou no programa durante oito meses e chegou a propostas para alguns pontos específicos da região.

Uma das ideias é a abertura de um novo acesso à cidade pela zona rural, sem causar impacto ambiental. "Já que a única forma de chegar até a capital é a rodovia Duca Serra, muitos veículos juntos causam confusão. A proposta é fazer uma via alternativa para diminuir o fluxo de carros nela, reduzindo os muitos acidentes que ocorrem ali", disse Jadson.

O aluno também propõe a construção de sete quilômetros de calçamento com espaço para ciclistas na rodovia, que liga os dois principais municípios do estado - Macapá e Santana. Além disso, seriam erguidas passarelas nas ruas mais largas da cidade.

Outro grande problema das cidades são as enchentes. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 5265 cidades pesquisadas, 51% sofrem catástrofes naturais e principalmente enchentes. Pensando nisso que alunos do 3º ano do ensino médio da Escola Técnica Estadual Monteiro Lobato, localizada em Taquara (RS), desenvolveram o "Sistema de Monitoramento de Enchente", que diminui a chance de um morador ser surpreendido pelas cheias.

"Com baixo custo, queríamos amenizar o índice de perdas que tem acontecido em grandes cidades e em nossa região por causa das chuvas", afirma William Jardel da Silva, um dos desenvolvedores do projeto.

O sistema é composto por uma estrutura com três boias e uma placa com um micro controlador. As boias enviam um sinal para o aparelho, que responde em três níveis diferentes. "O primeiro é um sinal luminoso, o segundo, um sinal sonoro e caso não haja ninguém por perto, é possível programar um número de telefone para o qual será emitido um sinal quando a água atingir a terceira boia", explica o jovem.

A ideia é dar tempo para moradores efetuarem o resgate de pessoas ou bens materiais nas residências. "Uma pessoa pode instalar na comunidade, nos principais pontos de alagamento, e algum responsável se comprometer a avisar os demais moradores quando um sinal for emitido", sugere William.

Já estudantes do 3º ano do curso técnico de química da Fundação Liberato, de Novo Hamburgo, se preocuparam com a poluição das águas. O projeto "Remoção de Metais Pesados de Solução Aquosa" foi elaborado por meio da utilização de carbonato de cálcio presente na casca do ovo da galinha.

"Coletamos casca de ovos na comunidade, fizemos tratamento com água colorada, moemos em um liquidificador e colocamos em contato com a solução de chumbo. Obtivemos ótimos resultados. Entre 98,28% e 99,94% do chumbo que continha na solução foi reduzido", relata umas das jovens quem pesquisou a solução, Débora Klein Motta.

Do 2,9 milhões de toneladas de resíduos industriais gerados anualmente no Brasil, somente 600 mil toneladas recebem tratamento. O restante é depositado em lixões. Para a estudante, o projeto é benéfico, pois, futuramente, pretende colocar as cascas dos ovos em contato com resíduo industrial. "O metal pesado é muito nocivo à saúde das pessoas, precisamos fazer algo", conclui.



fonte: http://aprendiz.uol.com.br/content/cestorouig.mmp
Criança de 5 anos poderá cursar 1º ano em 2011



São Paulo - Crianças com 5 anos de idade que frequentaram dois anos de educação infantil podem, em caráter excepcional, ser matriculadas no primeiro ano do ensino fundamental em 2011, segundo resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) publicada ontem no Diário Oficial. Para os demais casos, a matrícula no ensino fundamental deve ser para crianças com 6 anos completos até 31 de março.
As mesmas recomendações e o caráter "excepcional" para a matrícula de crianças com 5 anos haviam sido feitas no ano passado. Desde o início da implantação do ensino fundamental de nove anos, em 2007, o corte etário tem provocado polêmica. Conselhos estaduais de educação estabelecem datas próprias e decisões judiciais têm garantido a matrícula de todas as crianças de 5 anos.
Este ano, a resolução também orienta que as matrículas na pré-escola sejam feitas para crianças a partir de 4 anos. Antes disso, elas devem frequentar creches. "A regulação para o ensino infantil acerta o assunto da idade já na entrada do ensino básico", afirmou Cesar Callegari, da Câmara de Educação Básica do CNE. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



fonte: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2010/10/22/crianca-de-5-anos-podera-cursar-1-ano-em-2011.jhtm
Obama conversa com Steve Jobs sobre educação


Washington, 21 out (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se reuniu nesta quinta-feira com o executivo-chefe e cofundador da Apple, Steve Jobs, com quem conversou sobre competitividade das empresas americanas, independência energética e educação.

Obama, que faz campanha na Califórnia, "estava interessado em ter a reunião" com Jobs, assinalou o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs.

A última vez que ambos se encontraram foi em 2008, durante a campanha presidencial de Obama.

Obama e Jobs abordaram sobretudo alguns projetos do presidente, como o programa "Race to the Top".

Essa iniciativa busca reformas educacionais por meio dos investimentos do pacote de estímulo econômico do Governo - US$ 4 bilhões no total.

Os dois também conversaram sobre a independência energética e maneiras de fomentar a criação de empregos.


fonte: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2010/10/22/obama-conversa-com-steve-jobs-sobre-educacao.jhtm
 
Caminho da realização
Planejamento, qualificação profissional e boa leitura das diferentes realidades do campo educacional podem fazer com que se obtenha realização na carreira docente. Até mesmo financeira
 
Valéria Hartt

A habilidade de interagir com seus pares é essencial para a carreira docente


Diante do desprestígio social, a carreira do professor - da professora, na esmagadora maioria dos casos - há tempos deixou de seduzir os jovens universitários. Sobram indicadores para apontar a queda livre. O que sur­preende é o que está na contramão dessa visão do senso comum: a constatação de que existem professores bem-
sucedidos, realizados profissionalmente e com salários bem acima da média do mercado. Afinal de contas, seria possível sonhar com o casamento entre realização profissional e prática do magistério?

Especialistas em recursos humanos apontam caminhos que podem, sim, fazer a diferença na carreira, enquanto exemplos confirmam que a excelência na educação passa obrigatoriamente pelo binômio salário e qualificação do professor.

O termo "carreira" costuma vir acompanhado de um predicativo - carreira acadêmica, carreira científica, literária e assim por diante. Mas antes de falar na extensão, é preciso compreender o principal, segundo os analistas: a própria carreira.

Carlos Bitinas, da DRH Talent Search, consultoria especializada na busca e seleção de talentos profissionais, ecoa uma visão bastante difundida no mundo de RH. Acredita que a carreira é um bem essencial, porém frequentemente pouco compreendido pelos profissionais. Isso porque normalmente ingressamos no mundo do trabalho sem conhecer as características das etapas de uma profissão e, menos ainda, como manejá-las. E, quando começamos a trabalhar, a instituição que nos acolhe também não costuma estar muito preocupada com isso, mas concentrada em ter sua força produtiva. Assim, não é incomum que a falta de intimidade com a carreira persista às vezes ao longo de toda a sua duração.

O magistério não foge à regra. Por essas e outras, um bom ponto de partida para a tão sonhada realização profissional é compreender o significado da carreira, em toda a sua extensão. A palavra vem do latim vulgar,  carraria, que designa um caminho, que não é necessariamente regular e menos ainda um caminho ascendente. "O importante para o profissional é saber fazer as escolhas certas durante o caminho", recomenda Bitinas.

E a lição aqui é inverter a lógica corrente: o professor não se deve deixar conduzir pelo mercado, mas, ao contrário, assumir as rédeas da própria carreira.

Escolhas e possibilidades  
O desafio começa na escolha da profissão, pois identificar a própria vocação nem sempre é tarefa simples. A chamada voz interior parece ser aquela que temos mais dificuldade de ouvir, ainda que renegá-la possa significar enorme desperdício de talento. A tendência é buscar as profissões ou as carreiras que dão mais status, poder ou dinheiro, que não são necessariamente aquelas mais alinhadas aos talentos e pendores de cada um.

"Na vida profissional, não é isso que garante realização. É o nosso desejo que precisa prevalecer", destaca Mariá Giuliese, sócia da Lens & Minarelli, uma das gigantes do mercado de recolocação e consultoria em RH, que fala sobre o "efeito manada": "vivemos na sociedade da imagem, em que tudo nos estimula a olhar para fora e atender à demanda exterior, mas acabamos pagando essa conta mais tarde", alerta.

No caso do magistério, como tornar viável o sonho da realização profissional e sustentar a escolha diante desse olhar social que tanto desvaloriza o profissional de ensino?
Refletir a partir dos valores do próprio campo educacional é fundamental.

"O  professor deve meditar seriamente sobre sua escolha e compreender que a pobreza de reconhecimento [externo] faz parte dessa opção. Isso o conduz ao desafio de suportar a si mesmo, de valorizar-se acima da avaliação alheia, de crer em si quando poucos o reconhecem", sustenta José Ernesto Bologna, fundador da consultoria Ethos - Desenvolvimento Humano e Organizacional e especialista em psicologia do desenvolvimento aplicada à administração e à educação.

Sem dúvida, um desafio e tanto, mas é preciso reconhecer que um professor que se valoriza será, certamente, mais interessante aos olhos do outro. E aqueles que conseguem contribuir de maneira efetiva para a formação de seus alunos costumam ser valorizados, mesmo em meio a um todo social que tem tendido a desqualificar e desprestigiar o professor.

Teoria e prática
Vincular precocemente teoria e prática é uma das recomendações de Marcelo Maghidman, da Tafkid  Marketing Educacional e Cultural. "Essa experiência é determinante na progressão da carreira", sinaliza. E lembra que é preciso estar atento à qualificação profissional, recomendação consensual entre os especialistas.

No caso do professor, significa ter em mente que o diploma inicial é condição necessária, mas está longe de dar respostas a todas as exigências da profissão. O que se espera - e que faz a diferença - é que o professor, como qualquer outro profissional de outros setores, invista em sua formação. Do contrário, corre o sério risco de permanecer na ladainha, na eterna crítica aos cursos de formação inicial. Reconhecer as deficiências é sinal positivo, que indica a busca de crescimento pessoal e profissional. E quem está disposto a se aprimorar profissionalmente conta hoje com opções de sobra, inclusive de cursos a distância. Mas é preciso ser seletivo e saber escolher o que de fato vai promover o desenvolvimento da carreira.

Educação continuada
O alerta vem do especialista Gutemberg Leite, da Meta Consultoria em RH, para quem é preciso ter cautela com o modismo da educação continuada. "Os variados cursos oferecidos nem sempre têm conexão com o aprimoramento do professor, levando-o à dispersão, pressionando-o a estudar temas que não irão contribuir como um fator positivo em sua prática em sala de aula", pontua.

Seja qual for a escolha, há demandas que, em tese, o professor precisa cumprir. Nos dias de hoje, além da formação específica e pedagógica, qualquer professor deveria saber planejar e gerenciar sua carreira e seu tempo (no âmbito de suas práticas de classe e fora delas). E mais: saber falar inglês, conhecer as novas tecnologias, dominar o uso do computador, navegar e utilizar a internet, as redes sociais...

Quem paga a conta
Um dos maiores desafios é conciliar a realidade financeira do magistério a essas variadas demandas de formação. As instituições privadas saem na frente e muitas investem na qualificação de seus quadros de professores. As redes públicas, mais frágeis na oferta de atrativos dessa ordem para seus profissionais, têm mais dificuldades de reter seus talentos. Assim, os professores que se formam nas universidades públicas, normalmente mais bem formados, acabam buscando colocações em escolas particulares, que atendem à menor parcela da população (cerca de 13% dos alunos da Educação Básica).

 "O caminho para retomar o processo de revalorização do professor, que na nossa visão é estratégico para vencer o desafio da qualidade, passa necessariamente por um salário inicial atraente e por uma carreira promissora, que promova o desenvolvimento do professor ao longo da vida", resume Mozart  Neves Ramos, do Todos pela Educação.

Ampliando o leque
Claro que os melhores salários ainda estão concentrados na rede privada de ensino. Escolas particulares de primeira linha em geral remuneram melhor o professor e dão mais oportunidades de crescimento profissional, mas esse não é o único caminho. "Existe uma demanda cada vez maior por profissionais muito especializados para atuar no magistério, em instituições que têm o objetivo de formar profissionais", garante Mariá Giuliese, da Lens & Minarelli.

Por outro lado, há iniciativas capitaneadas pelo terceiro setor, que tem presença crescente no mundo da educação. "É o caso da Comunidade Educativa, que trabalha pela melhoria da escola pública e é custeada pelo setor privado, com participação de empresas como a Vale, Votorantim, Natura etc.", ilustra Maghidman. "São nichos ainda reduzidos, mas que podem crescer muito e sinalizam caminhos bastante atraentes para o magistério", defende.

Para ampliar sua própria atratividade, o professor também pode - e deve - exercitar boas doses de ousadia e criatividade. É preciso ampliar o leque de competências e habilidades, o que  não significa dar as costas para a Educação Básica. Significa que progredir na carreira não tem nada que ver com lecionar em cursinhos pré-vestibulares ou atuar em consultorias.  O magistério não é uma carreira que se esgota, porque a arte de ensinar pode ser aplicada em diferentes circunstâncias. O professor pode escrever livros didáticos, pode ter como objetivo alcançar um cargo de coordenação (sem deixar a sala de aula, o que enriquece ambas as experiências), dedicar-se a grupos de alunos com dificuldades de aprendizagem, enfim, pode trilhar diferentes caminhos e explorar novas oportunidades.  

Ousadia e evolução
Correr riscos, aliás, também conta pontos para o desenvolvimento profissional. Significa arriscar-se em novas posições no plano hierárquico - o professor que se arrisca a ser tutor de uma turma - ou se arriscar a formular novas propostas, a apresentar, por exemplo, um projeto interdisciplinar. É a chance de fazer a diferença. "Isso ajuda a ganhar visibilidade dentro da instituição. Para progredir na carreira é preciso ousar e assumir novas responsabilidades", diz Bitinas, da DRH Talent Search.

Outro aspecto imprescindível é a chamada inteligência relacional, que dá conta de como o professor se comporta dentro de grupos e no contexto social. "De nada adianta ser um profundo conhecedor da matéria e ser um autista social", compara Maghidman. O professor precisa ter a habilidade de se comportar em grupos, de compor com seus pares e colegas de trabalho. Do contrário, dificilmente vai avançar na carreira. "Está cheio de gente muito titulada, com bastante conteúdo, mas que tem um componente relacional complicado. Aí não progride na carreira e acaba sendo deixada de lado, porque não é capaz de construir coletivamente", completa o consultor.

O alerta vem ao encontro de uma dimensão importante do trabalho docente: a de que é preciso haver um ambiente propício às relações de ensino e aprendizagem, o que pressupõe suporte e amparo institucional. Para que o conjunto dê certo, é necessário contar com professores interessados e bem formados. Mas a abnegação pessoal muitas vezes se esvai quando não existe articulação entre as partes.



fonte: http://revistaeducacao.uol.com.br/textos.asp?codigo=12990

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

mais um pouco para nós Professores

Dia dos professores


Por Içami Tiba


E o dia dos professores está chegando de novo. O que se espera do professor -formado para ensinar numa estrutura rígida/sólida como a escola- nestes tempos "líquidos"? O que o senhor teria a dizer para esses profissionais que andam tão perdidos?

A educação pública é como um trem. Um trem com uma única locomotiva puxando muitos milhares de vagões, a correr por trilhos já construídos há muito tempo. Houve uma época em que este trem era a melhor opção para todos os estudantes.

A falta de manutenção e de atualização deste trem, dos trilhos e das estações permitiram e estimularam grupos privados à construção de novos e diferentes trilhos com locomotivas mais modernas e mais ágeis, com vagões mais ricos e confortáveis, equipados com aparelhagem e recursos que satisfaziam mais os passageiros, inclusive com os funcionários que recebiam seus salários pela meritocracia e não simplesmente por estarem profissionalmente lotados. O número de trens particulares aumentou muito, mas vingaram as que mereceram porque foram melhores administradas e também pela sucatização dos trens públicos. Infelizmente, os trens públicos ganham o olhar da política somente em vésperas de eleições, que pouco fazem ou conseguem fazer, e permitem que a sucatização continue. Alguns maus políticos até desviam para si as verbas a elas destinadas, ou gastam-nas em outros setores ou ainda são mal gastas dentro do próprio setor. O pior é que os próprios professores públicos acabam perdendo suas forças por escolherem mal seus representantes políticos.

Nem todos os trens privados são bons como nem todos os públicos são obsoletos. Há exceções para todas as regras. Nem todos os alunos são carentes nas públicas como nem todos são ricos nas privadas. Mas ficou uma voz corrente que tais trens públicos são mais fracos e os alunos-passageiros pouco aprendem e poucos conseguem atingir o estudo superior. Alguns pais empobrecidos pela crise financeira e/ou desanimados com o fraco desempenho escolar dos seus filhos ameaçam-nos e de fato cumprem promessas, matriculando-os em escolas públicas. Assim, o nível dos seus alunos-passageiros piora em relação aos seus colegas dos trens privados.

Os funcionários dos trens no vagão são os professores e o local de trabalho é o próprio vagão. Por melhor ou pior que seja o professor no vagão, os trens continuam suas rotas pré-determinadas pelos trilhos, com os seus programas pedagógicos, formas de relacionamentos entre professor-aluno, estrutura física da sala de aula, recursos materiais etc., principalmente nos trens públicos. Nos privados há maior interação entre os vagões e a locomotiva, chegando-se, inclusive, a construir novos caminhos para os trens.

A maioria dos professores acabam se amoldando aos vagões onde trabalham, e as condições de trabalhos que recebem. Mesmo tendo as mesmas funções focadas no ensino-aprendizagem, há imensas diferenças entre os vagões públicos e particulares, sendo toda a população dos vagões públicos os mais maltratados.
Os professores públicos são sacrificados não só pelos parcos salários que recebem, que mal conseguem sobreviver, mas também da maneira como são tratados pelos “donos dos seus vagões”. São verdadeiros heróis os que conseguem bons resultados, pois estes dependeram praticamente dos seus próprios esforços, seus empenhos e criatividades, seus focos na aprendizagem dos seus alunos-passageiros, fazendo quase que por conta própria suas atualizações e capacitações curriculares.


Aos professores as minhas sinceras homenagens no seu dia comemorativo (mesmo que eu acredite que eles mereceriam ser homenageados todos os dias porque também deles depende o futuro do Brasil).



fonte: http://educacao.uol.com.br/colunas/icami_tiba/2010/10/14/dia-dos-professores.jhtm

ainda sobre o dia do Professor

No dia dos professores, docentes contam por que escolheram a carreira

Ligia Sanchez
Em São Paulo

A escolha da carreira docente está permeada de emoção. Seja por inspiração no trabalho de pessoas queridas, encantamento com professores da infância, sentimento de vocação desde pequenos ou mesmo para aqueles que chegaram por caminhos tortuosos, a permanência na profissão vem acompanhada de paixão. Mas, por que os professores escolheram essa profissão?

Professores contam por que decidiram exercer a docência
 "Desde menina, eu sempre dizia que seria professora de crianças pequenas", conta Lisiane Hermann Oster, docente há nove anos no Sesquinho - Escola de Educação Infantil do SESC, em Ijuí-RS. "A opção veio do encantamento que tive quando era aluna, com professoras muito boas." Foi durante o curso de magistério que ela teve certeza da escolha. "Fiz muitos estágios e nessa prática concluí que era o que eu queria."
“Ainda adolescente eu me pegava em sala de aula ajudando os colegas, não só nas matérias, mas também dando apoio psicológico. Eu era o 'amigão'." Esta disposição pessoal combinou-se ao exemplo do irmão mais velho, que já fazia licenciatura, para que Alexandre Simonka já sentisse vontade de ser docente aos 13, 14 anos. Professor de física para ensino médio e responsável pelo departamento de informática do Colégio Vértice, em São Paulo, ele conta que, quando chegou o momento de escolher a carreira, não teve dúvidas em optar pela licenciatura.
"O baque veio quando comecei a dar aulas. Achava que por ser professor de física, só precisaria dar conteúdo, mas educação é muito mais que isso. Hoje vejo que o conteúdo é só um ensejo para estar do lado dos alunos, a física é uma ferramenta para desenvolver algumas habilidades, mas dentro da formação mais ampla."

Cair 'na realidade'

Antes de se graduar, Alexandre trabalhou no departamento de informática de uma rede de drogarias. "Eu tinha um ideal de dar aula onde pudesse desenvolver meus projetos", explica. Ele conta que alguns colegas o chamavam de utópico e o incentivavam a pegar aulas em escolas menos estruturadas, para cair "na realidade".

Formado, Alexandre foi contratado pelo Colégio Vértice. "Devo parte de minha formação a esta escola. Não só pude desenvolver minhas ideias como encontrei um ambiente fantástico, onde pude colocar em prática meu objetivo de ajudar as pessoas na concepção mais ampla da palavra educação", diz.
O começo da profissão parece ser o momento mais desafiador. "Com o primeiro impacto em sala de aula, me senti despreparado, neste momento até pensei que talvez esta não fosse minha profissão. Nos primeiros meses, fui um verdadeiro estagiário, pois, mesmo formado, a faculdade dá as bases, mas não mostra toda a realidade", afirma.
Ao fazer um balanço de seus 12 anos de carreira, Alexandre diz que as mudanças não param. "Aprendemos muito com a molecadinha, mais do que eles imaginam que aprendem conosco", diz.

A vocação falou mais forte

Ana Cristina Santos de Paula, professora de música do sexto ano do fundamental no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, chegou à carreira docente por vocação. Mas nem sempre teve clareza de que esta seria sua profissão. "Pensei em ser jornalista, tanto que cursei comunicação social. Mas minha vocação para música foi mais forte e acabei estudando licenciatura nesta área. Como a música é muito expressiva, senti necessidade de compartilhar e a educação foi o caminho."

Para Ana Cristina, ser professora é uma oportunidade de estar sempre aprendendo. "O contato com o jovem e a criança propicia uma constante renovação, porque eles estão abertos a conhecer o mundo."

Sem perder o contato com a prática

A diretora da Faculdade de Educação da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Neide Noffs, tem um histórico como professora que passa por todos os níveis de ensino, desde o infantil até especialização. Ela começou a lecionar aos 18 anos, ainda cursando pedagogia, e tomou tanto gosto pela profissão que tornou-se doutora em didática pela USP.
"Há 30 anos, ser professora era uma profissão muito bem vista. Meus pais não têm diploma de ensino superior. Tive a oportunidade e me interessei por pedagogia." Um teste vocacional que apontou seu talento para a área de humanas combinou com seu gosto para relações pessoais. Durante a faculdade, o estágio na Escola Experimental da Lapa (um centro educacional de referência até a década de 70) despertou a paixão pelo ensino.
“Tenho o credo de que pessoas podem se modificar com um processo de educação de qualidade”, define, explicando como acabou se mantendo na área por tanto tempo, mesmo tendo recebido propostas de empresas, até mesmo mais atrativas financeiramente.



Para Neide, a formação de professores sempre foi um tema de interesse. “Pesquiso o papel do professor na contemporaneidade, desde a década de 80, estudo o que é ser professor em cada época.” Apesar da dedicação acadêmica, Neide acha importante não perder o contato direto com as escolas. Ela coordena um projeto de formação de professores e presta assessoria educacional ao município de Cajamar (SP). “É preciso saber quais os problemas, os entraves no cotidiano. Só posso ter tal visão em contato com o chão da escola”.

Os alunos são companheiros

A inspiração de uma professora de infância também leva educadores a optar pela carreira. "Na sétima série, tive uma professora de português chamada dona Linda. Ela tinha uma alegria e um amor pela profissão que conseguiu fazer com que me apaixonasse pelo conteúdo – naquela época muito mais formal", conta Andreia Martinhago, professora de língua portuguesa para o fundamental II no Colégio Rio Branco - unidade Higienópolis, em São Paulo.
Andreia diz que, na hora de escolher a faculdade, ficou em dúvida entre direito e pedagogia. "Mas a força da dona Linda falou mais forte", brinca. Ela começou a dar aulas aos 19 anos, ainda cursando a faculdade, para o ensino médio. "Os alunos tinham quase a minha idade, foi desafiador porque eu não tinha experiência nem de vida, nem de prática de ensino", diz. Com quase 30 anos de magistério, Andreia considera que a educação é sempre um desafio. "Hoje os alunos são nativos digitais, tive que aprender a dominar a tecnologia para poder chegar perto deles. Mas eles ajudam, são companheiros."

Escolhida 

"Não fui bem que escolhi ser professora. Deus, a vida em si, acabam escolhendo a gente. E me sinto capacitada, privilegiada e preferida, por trabalhar com o produto mais rico e delicado, que é o ser humano em sua infância". Esta é a definição para a dedicação ao magistério de Célia de Almeida Barros, professora do segundo ano do fundamental I do Colégio Marista Arquidiocesano, em São Paulo.
Ela conta que desde criança, brincava de ser professora. “Não recebi influência de ninguém, é um dom, um desses mistérios que acontecem na vida. E é maravilhoso”, afirma.
Há 30 anos como professora, Célia seguiu o caminho tradicional, do curso normal, seguido pela pedagogia e especializações em psicopedagogia e psicodrama, tendo começado aos 17 anos. Depois deste longo caminho, ela demonstra verdadeira realização na carreira. “Sinto-me jovem pelo trabalho com as crianças, elas dão uma energia que me faz esquecer os problemas da vida.”


 fonte: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2010/10/15/professores-contam-por-que-escolheram-a-carreira-docente.jhtm
Educação: 37% dos jovens da classe C pretendem ingressar em alguma faculdade
 

SÃO PAULO – Estudo do Ibope Mídia/Target Group Index mostra que 37% dos jovens que pertencem à classe C1 pretendem ingressar em alguma faculdade. Quando o segmento é a classe C2, o percentual cai para 28%.

Por outro lado, para 27% da classe C1, não basta ingressar em alguma faculdade. Para essa parcela, o que vale é entrar em uma universidade pública. Entre os que pertencem à classe C2, apenas 24% têm essa pretensão.

A classe C é uma das que mais cresce no País e já representa praticamente 50% da população com renda entre R$ 600 e R$ 2.099, segundo o estudo. Esse segmento é dividido em dois grupos, o C1 e o C2. O primeiro se identifica mais com a classe B, ao passo que a C2 tende mais aos índices das classes D e E.
Para o estudo, foram realizadas 20 mil entrevistas. 

Estudos
O Ibope constatou que, no geral, menos gente da classe C está estudando atualmente. E que esse segmento é formado por pessoas que completaram o ensino fundamental ou parcialmente o segundo grau.
Um exemplo de que a classe C não investe tanto na própria educação é a proporção de pessoas que falam outra língua. Segundo o Ibope, apenas 23% da chamada nova classe média fala outro idioma.

Ensino particular
De acordo com o último balanço da Pnad (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 76,6% dos estudantes universitários brasileiros estão no ensino particular. Em 2008, esse percentual era de 76,3%.
Ao todo, até o ano passado, a rede de ensino superior paga comportava cerca de 4,96 milhões de estudantes.
A pesquisa mostrou ainda que o número de estudantes que está no nível superior avançou 3,52% em 2009, na comparação com o ano passado. A região Sudeste registrou a maior concentração de estudantes universitários, com 81,9% de representatividade das faculdades pagas.


fonte: http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/infomoney/2010/10/15/educacao-37-dos-jovens-da-classe-c-pretendem-ingressar-em-alguma-faculdade.jhtm

Eleições 2010

Professores avaliam como genéricas as propostas dos presidenciáveis para educação

Desirèe Luíse

As propostas para a educação brasileira dos candidatos à Presidência são genéricas. O descontentamento de profissionais da rede pública de ensino com os programas de governo de Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) ficou evidente em debate ocorrido nesta sexta-feira (15/10), dia em que se comemora o Dia do Professor. Os educadores se reuniram na capital paulista para discutir sobre os projetos de ensino para o país, bem como as propostas do governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

“As pessoas com deficiência podem até estar dentro da sala de aula, mas apenas isso não é acesso. Chama atenção o fato de os três programas de governo não terem um olhar específico para essa parcela significativa da população”, afirmou a professora das redes públicas municipal e estadual, Salete de Fátima Francisco.

De acordo com o Censo 2000, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país conta com aproximadamente 24,6 milhões de pessoas com deficiência. Estima-se que o número, em 2009, tenha crescido para 26 milhões – 14,5% dos brasileiros. “Não basta matricular, é preciso transporte adequado, apoio de profissionais da saúde, ter o professor capacitado e outros cuidados”, completou Salete.

Já a professora da rede estadual, que leciona na cidade de Diadema (SP), Jacqueline Simões, disse ser positivo que não haja muita especificidade nos programas de governo voltado ao ensino fundamental. Para ela, dessa forma, um planejamento poderá ser construído de maneira conjunta, pensando na integralidade das etapas da educação.

A professora Simone Rocha, que atua na educação infantil no município de São Paulo (SP), discordou. “Preocupa-me essa generalidade dos programas, porque depois, podem nos pegar de surpresa. Como o projeto de lei que queria colocar as crianças de cinco anos no ensino fundamental”.

De acordo com ela, a educação infantil quase não é citada pelos presidenciáveis, e também não é contemplada pelo programa do novo governador paulista Alckmin. “Não ter algo pontual nos três programas desqualifica a educação infantil. Até há intensão de melhora, mas não dizem como farão. Muito do avanço que conseguimos acontece apenas quando a sociedade grita. Temos diversos problemas ao tentar negociar com o governo de São Paulo”, disse Simone.

Educação no campo

“Temos escolas pelo Brasil onde a aula acontece literalmente embaixo de lona. Nessas condições, os movimentos sociais chegam para dar aula onde o Estado não consegue atuar”, lembrou o professor e coordenador da escola municipal do distrito de Bueno de Andrade, em Araraquara (SP), Júlio César Ribeiro da Silva.

Segundo o coordenador, o programa da candidata Dilma ainda cita a educação no campo, mas não especifica. De forma geral, os candidatos não falam sobre essa modalidade do ensino, de acordo com Ribeiro. “Valorizar a cultura local e o entorno. Isso deve ser considerado e não vemos em nenhuma proposta”, avaliou.

Cenário preocupante

O professor de História do ensino médio da rede estadual paulista, Eujacio Roberto, criticou o modelo de ensino vigente no país, além da forma como o debate sobre a educação tem ocorrido entre os candidatos à Presidência. “Não há discussão do ensino. O Serra nem proposta para o setor tem. Os debates estão em torno da religião no momento. Os candidatos se posicionam baseados nas pesquisas”.

“Em primeiro lugar, todo projeto educacional deve saber quem é o estudante brasileiro. Deve-se conhecer a realidade de cada grupo de alunos. Não estão pensando no estudante. Para o professor, falta remuneração e estímulo à formação”, enfatizou Roberto.

“Do ponto de vista político, precisamos fortalecer governos que sinalizem novas relações de diálogo entre Estado e sociedade, para pensarmos em políticas públicas efetivas”, concluiu a professora Jacqueline Simões.




fonte: http://aprendiz.uol.com.br/content/nivipenebr.mmp
A oportunidade do Amapá
Por Charles Chelala
Economista, professor, Mestre em Economia Regional 

A situação atual do Estado do Amapá não parece nada animadora, com altos índices de desemprego, obras paralisadas e medíocres indicadores sociais.

Entretanto, o futuro tende a ser promissor diante de diversos fatores que, se forem aproveitados pelo próximo governo, promoverão um salto no desenvolvimento econômico e na geração de emprego e renda locais.

No período de governo que sucede ao atual, deverão ser implantadas em definitivo a Zona Franca Verde e a Zona de Processamento de Exportações, dois regimes aduaneiros especiais que conferirão vantagens consideráveis ao Amapá na atração de investimentos privados.

Também nos próximos anos serão construídas três hidrelétricas, uma no Jarí e duas no Araguari (duas delas já leiloadas e uma em processo de licenciamento ambiental) que juntas investirão mais de R$ 3 bilhões no Amapá, gerando aproximadamente 7,5 mil empregos diretos. As usinas e a interligação ao sistema nacional de eletricidade devem resolver o problema histórico de energia para novos empreendimentos.

A soma de investimentos públicos previstos para o próximo período também deverá ser inédita, com recursos federais (PAC), empréstimo do BNDES e aumento da capacidade de investimento próprio do Estado.

No comércio exterior, alguns dos principais produtos de nossa pauta de exportação apresentam tendência de preços e demanda crescentes, como o minério de ferro, o manganês, a cromita e o açaí, ampliando a geração de divisas e, dependendo de uma ação eficaz do futuro governo, deixem de ser exportados em sua forma primária e passem por processos de industrialização.
O Amapá também reúne condições ideais para ingressar no agronegócio da produção e beneficiamento de óleo de palma (dendeicultura), um dos setores que mais cresce no mundo.

Igualmente se espera para breve o aproveitamento econômico de recursos da biodiversidade e o usufruto de compensação financeira por redução de desmatamento e degradação, via créditos de carbono no mercado internacional.

Aqui foram apresentadas apenas algumas das oportunidades que se abrem para o Amapá. Para aproveitá-las, será necessário que o próximo governador tenha visão estratégica para transformar a matriz econômica deste Estado, no sentido de potencializar o desenvolvimento econômico.  Esta é a chance de começarmos a superar a economia do contracheque.




fonte: http://www.alcilenecavalcante.com.br