Alunos tentam linchar professor em escola de Salvador
Heliana Frazão
Especial para o UOL Notícias
Em Salvador
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Em Salvador
Dois dias após um grupo de bandidos invadir uma escola estadual e assassinar um aluno dentro da sala de aula, um novo fato de violência é registrado em outra escola pública de Salvador. Um grupo de cerca de 300 alunos tentou linchar um professor de educação física, cujo nome não foi revelado, no Colégio Estadual Padre Palmeira, no bairro de Mussurunga, no final da tarde de quarta-feira (25).
O professor, que tem cerca de 18 anos de serviços prestados ao Estado, teria empurrado uma aluna da 7ª série, fazendo com que ela batesse a cabeça contra uma parede, na quadra de esportes da unidade de ensino. Embora não apresente hematomas, a menina apresenta outra versão: que o docente teria batido a sua cabeça várias vezes contra a parede.
Como não conseguiram agredir o professor, os alunos promoveram cenas de vandalismo dentro da escola, quebrando vidraças, portas e banheiros. Com a dispensa das turmas, promovida pela direção da escola, os alunos concentraram-se em frente ao colégio, esperando pela saída do professor.
O diretor da unidade de ensino, Flávio Augusto Oliveira, informou que o motim só foi contido com a chegada de uma viatura da Polícia Militar, que escoltou o professor até o posto policial do bairro vizinho de São Cristóvão, como forma de garantir a sua integridade. Em razão do quebra-quebra, as aulas foram suspensas no horário noturno, mas retomadas nesta manhã. O Colégio Estadual Padre Palmeira tem 1.800 alunos dos ensinos fundamental e médio, nos três turnos.
O diretor informou ainda que não houve registro da ocorrência na delegacia porque, tanto o professor quanto a mãe da aluna, chamada à escola, recusaram-se a levar o caso adiante. Segundo a Secretaria de Educação, o professor está temporariamente afastado das funções até que seja concluída uma apuração interna. Ele pode ser remanejado para outra unidade.
De acordo ainda com Flávio Oliveira, o professor demonstrou arrependimento pelo ato, mas disse ter "perdido o controle" diante dos xingamentos da aluna, que teria usado palavras grosseiras, em razão do atraso no início da aula. Ele estaria aguardando a chegada de um grupo de alunos, que se aproximava do pavilhão de educação física, para começar as atividades.
"Vamos transformar esse caso em fato pedagógico, provocando discussões junto aos alunos sobre a questão da violência nas escolas e a relação interpessoal", disse a coordenadora de acompanhamento da secretaria Maria da Gloria Midlej, que promete se reunir com o alunos da referida escola na próxima semana.
Nesta manhã, o clima no colégio ainda era tenso e de insegurança. Os alunos reclamam da ação do tráfico de drogas nas imediações da unidade, impondo o medo não só entre os estudantes como também entre os professores, que acabam pedindo transferência da escola. O colégio tem 15 docentes a menos no seu quadro de professores.
O professor, que tem cerca de 18 anos de serviços prestados ao Estado, teria empurrado uma aluna da 7ª série, fazendo com que ela batesse a cabeça contra uma parede, na quadra de esportes da unidade de ensino. Embora não apresente hematomas, a menina apresenta outra versão: que o docente teria batido a sua cabeça várias vezes contra a parede.
Como não conseguiram agredir o professor, os alunos promoveram cenas de vandalismo dentro da escola, quebrando vidraças, portas e banheiros. Com a dispensa das turmas, promovida pela direção da escola, os alunos concentraram-se em frente ao colégio, esperando pela saída do professor.
O diretor da unidade de ensino, Flávio Augusto Oliveira, informou que o motim só foi contido com a chegada de uma viatura da Polícia Militar, que escoltou o professor até o posto policial do bairro vizinho de São Cristóvão, como forma de garantir a sua integridade. Em razão do quebra-quebra, as aulas foram suspensas no horário noturno, mas retomadas nesta manhã. O Colégio Estadual Padre Palmeira tem 1.800 alunos dos ensinos fundamental e médio, nos três turnos.
O diretor informou ainda que não houve registro da ocorrência na delegacia porque, tanto o professor quanto a mãe da aluna, chamada à escola, recusaram-se a levar o caso adiante. Segundo a Secretaria de Educação, o professor está temporariamente afastado das funções até que seja concluída uma apuração interna. Ele pode ser remanejado para outra unidade.
De acordo ainda com Flávio Oliveira, o professor demonstrou arrependimento pelo ato, mas disse ter "perdido o controle" diante dos xingamentos da aluna, que teria usado palavras grosseiras, em razão do atraso no início da aula. Ele estaria aguardando a chegada de um grupo de alunos, que se aproximava do pavilhão de educação física, para começar as atividades.
"Vamos transformar esse caso em fato pedagógico, provocando discussões junto aos alunos sobre a questão da violência nas escolas e a relação interpessoal", disse a coordenadora de acompanhamento da secretaria Maria da Gloria Midlej, que promete se reunir com o alunos da referida escola na próxima semana.
Nesta manhã, o clima no colégio ainda era tenso e de insegurança. Os alunos reclamam da ação do tráfico de drogas nas imediações da unidade, impondo o medo não só entre os estudantes como também entre os professores, que acabam pedindo transferência da escola. O colégio tem 15 docentes a menos no seu quadro de professores.
O ocorrido na tarde de ontem não foi um fato isolado no Colégio Estadual Padre Palmeira. Em 2008, os vasos sanitários da escola foram destruídos por bombas caseiras detonadas por estudantes.
fonte: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/03/26/ult105u7789.jhtm
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