A lenda da pororoca
Ansiava por mais um poema
com caxixi, galibi e tipiti
Olhei em volta, o rio bradou:
“delate-me, ou abarcarei a ti!”
Esse rio, já tão enaltecido
no Osmar é bela canção
na Aracy é doce poema
é a mão de Deus em Pantaleão!
E eu, pra não ficar vexada,
no Canal do Inferno vou navegar
à caça da Canoa Jacy
mesmo ao risco de naufragar
Numa noite de falsa calmaria
ouviram-se latidos, uivos e gritos
"foi Jacy que foi levada!"
Eram Tucuxi e Mãe D’água, aflitos
Para revidar o furto
da jóia tão preciosa
Ansiava por mais um poema
com caxixi, galibi e tipiti
Olhei em volta, o rio bradou:
“delate-me, ou abarcarei a ti!”
Esse rio, já tão enaltecido
no Osmar é bela canção
na Aracy é doce poema
é a mão de Deus em Pantaleão!
E eu, pra não ficar vexada,
no Canal do Inferno vou navegar
à caça da Canoa Jacy
mesmo ao risco de naufragar
Numa noite de falsa calmaria
ouviram-se latidos, uivos e gritos
"foi Jacy que foi levada!"
Eram Tucuxi e Mãe D’água, aflitos
Para revidar o furto
da jóia tão preciosa
Mãe D’água ordenou Rebujo
para uma missão honrosa
Rebujo e seus convíveres
uniram-se formando vagas
e a floresta se estrambelhou
no vento e na marulhada
O inferno baixou na terra
O apocalipse no rio baixou
Veio um tsunami revirando tudo
ou foi Cobra Grande que arreliou?
A onda furiosa vasculhou
a canoa-menina por todo o rio
Nada de Jacy, a menina-canoa
A angústia da busca, anos a fio
Pranteio junto à Mãe D’água
(só quem é mãe é que sente)
Tanta dor de perder uma filha...
Tanta lágrima que dá enchente!
uniram-se formando vagas
e a floresta se estrambelhou
no vento e na marulhada
O inferno baixou na terra
O apocalipse no rio baixou
Veio um tsunami revirando tudo
ou foi Cobra Grande que arreliou?
A onda furiosa vasculhou
a canoa-menina por todo o rio
Nada de Jacy, a menina-canoa
A angústia da busca, anos a fio
Pranteio junto à Mãe D’água
(só quem é mãe é que sente)
Tanta dor de perder uma filha...
Tanta lágrima que dá enchente!
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