segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Somente a educação pode mudar o lugar onde vivo


Por Malena Vidal dos Santos*
 (selecionado pela prof. Neurizete)

        Vivo numa pequena cidade no extremo norte do país, onde a tecnologia ainda está um pouco atrasada, porém com uma exuberante preservação ambiental jamais vista, em outro lugar.

         Desde os primórdios históricos, esse meu pequeno paraíso vem sendo alvo de várias disputas, que chegaram até a ameaçar todo esse patrimônio intacto. A disputa acirrada por esse lugar pacato, que abriga em seu seio as maiores riquezas, nos trouxe diversas culturas que ainda hoje se fazem presentes no nosso modo de vida.

          Há quem diga que esse lugar é perfeito, entretanto, tem uma série de problemas sociais que atingem gravemente a população. Um deles é a situação caótica e desesperadora da educação.

           No lugar onde vivo a educação é precária, sendo reservada adequadamente a uma pequena parcela de privilegiados. O nível das escolas privadas vem tomando cada vez mais espaço na sociedade.
            Mas como anda o ensino público ?

           Esse, nem se quer anda , vem sendo apenas arrastado há anos por uma corja de políticos que querem levar o mérito de ter alfabetizado a população, o mesmo que ingenuamente os põe no poder.

           Mas será que a culpa é só dos políticos?
           E os profissionais que são chamados de educadores?

           Alguns desses profissionais muitas vezes fazem tudo dentro de uma sala de aula, menos ensinar e preparar os alunos para a vida. O amor pela profissão raramente é visto, e quando existe, não dura muito, logo é exterminado por causa da insatisfação da classe dos professores, que recebem um salário absurdo comparado às demais profissões. Pois ainda existem professores capacitados e bem empenhados para ensinar, o que acontece é que o nosso país dá pouca importância para a educação, no entanto, investe milhões em projetos que nem nos beneficiarão diretamente. Como é o caso da ponte enorme, que o governo está construindo no lugar onde vivo, para unir meu país a um outro país, que nem se quer tem livre comércio conosco.

            Esse projeto visa abrir as portas para o estrangeirismo, porém, eles esquecem que antes de se abrir as portas deve ser preparada a recepção, e o nosso povo não está preparado para receber pessoas que falam outra língua. Antes de se pensar em um projeto como esse, deve-se pensar primeiro na educação, porque a educação é a chave de tudo  e abre qualquer porta para o desenvolvimento.

             Por isso vivo tranqüila e apenas com os livros nas mãos, na pacata cidadezinha, porque sei que só a educação é capaz de melhorar o lugar onde vivo.


*aluna da Turma 221/2010

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